Mesmo com dias de intermitência neste monte Olimpo, quando regresso há sempre algo de novo à minha espera. Ou algo de velho? Bem, como o dia se avistava longo, decidi levantar-me com as galinhas, que é como quem diz 7:30h. Bem-disposta não seria a definição real para o meu humor, mas não estava nada mal para quem madrugou (esta escala tem como referência a minha hora normal de despertar: 8:30h).
Toda despachada (como de costume) entro na sala a 4ºC e procuro pelas minhas caixas de placas. Farejo, farejo, e farejo e só encontro uma. Saí, já tinha o cérebro a gelar, 4ºC são 4ºC! Despachadíssima com uma caixa na mão entrei na sala pequena e perguntei se alguém sabia da minha caixa desaparecida em combate? Ah acho que Le Bicth usou essa caixa porque não tinha placas suficientes para ela fazer um ensaio. Levantei o sobreolho (no meu imaginário, porque na realidade não o sei fazer) e aceitei aquela informação. Uma meia hora depois, Le Bicth chega! Vinha com ar de enjoada e de mal com o mundo (nada de novo portanto). Ó Le Bicth tu usaste as placas que estavam numa caixa revestida a papel de alumínio? (era assim que estava identificada a minha caixa desaparecida!)
- Ah, sim, não estava identificada e ninguém sabia de quem era.. precisava das placas e usei. Diz, Le Bicth.
- Certo, mas vou precisar da caixa.. para fazer o meu ensaio. Estava a contar com elas. Disse eu.
- Podes usar algumas das minhas se precisares. Diz Le Bicth.
- Mas, mas eu tinha a caixa cheia! Digo eu em pânico, não ia ficar arder em 100 placas.
- Tira as que precisares. Diz Le Bicth, sem mostrar intenções de me devolver as minhas ricas placas.
- Preciso de 100! Disse eu já zangadíssima.
- Tantas? Assim não chegam para mim... A tua outra caixa também tinha muitas.. Diz-me ela.
- Pois (andou a cuscar as minhas coisas!). Depois fazes mais para te chegarem, num próximo ensaio. Disse eu a sair da porta.
Raios! Ou vou tirar-lhe placas ou nunca mais as vejo porque ela não as vais verter para mim! Le Bicth contra-ataca. Haja paciência para pessoas preguiçosas e latosas!
Grrr estou capaz de lhe morder!
terça-feira, 24 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
1/2 copo
Íamos a subir as escadas. Estava arranjada, de vestido preto e levemente maquilhada. A conversa tinha como base os últimos jantares informais. Haviam dois nichos dentro do nosso grupo de trabalho. Os adultos e os miúdos. Sexta íamos a constatar que estavamos a subir as escadas para um jantar dos adultos. Enquanto subia, degrau a degrau, aquela constatação fez disparar um incomodo interior em mim.
Disse-o em voz alta. Acho que apenas a S. o ouviu (o meu pensamento em voz alta): "eu não me sinto enquadrada em nenhum dos nichos... Tenho de repensar o meu ser!" Sorri.
Ela riu-se. Eu ri-me. A verdade é que fez ricochete lá no fundo da minha consciência.
Quando saio com a ala dos miúdos sinto-me constrangida com tanta hormona no ar envolvente. Com os adultos aborreço-me. Há momentos na conversa que preferia ali não estar.
Por outro lado, algumas pessoas do jantar eram mais novas que eu. Eu sentia-me mais nova que elas em todas as conversas. O que eu tenho e o que elas têm estão em duas margens diferentes do rio.
Sexta-feira causou-me estranheza. Sábado também. Ainda hoje sinto pequenas farpas debaixo das unhas.
Disse-o em voz alta. Acho que apenas a S. o ouviu (o meu pensamento em voz alta): "eu não me sinto enquadrada em nenhum dos nichos... Tenho de repensar o meu ser!" Sorri.
Ela riu-se. Eu ri-me. A verdade é que fez ricochete lá no fundo da minha consciência.
Quando saio com a ala dos miúdos sinto-me constrangida com tanta hormona no ar envolvente. Com os adultos aborreço-me. Há momentos na conversa que preferia ali não estar.
Por outro lado, algumas pessoas do jantar eram mais novas que eu. Eu sentia-me mais nova que elas em todas as conversas. O que eu tenho e o que elas têm estão em duas margens diferentes do rio.
Sexta-feira causou-me estranheza. Sábado também. Ainda hoje sinto pequenas farpas debaixo das unhas.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Karma Police arrest this girl
Talvez a Cármen seja eu. Talvez o meu karma seja o dela. Talvez eu tenha projectado nela a acção que deveria ter acontecido em mim. Mas sem acção não há reacção. Talvez ela tenha sido o meu eu plano a 10 anos. Talvez haja medo em mim. Ou confusão. Talvez as duas coisas sejam apenas uma.
«you are far too smart to be only thing standing in your way.» J. J. Freeman
«you are far too smart to be only thing standing in your way.» J. J. Freeman
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
you rock my world
Vivi um dos melhores fins-de-semana de sempre. Tiago Bettencourt deixa-me em êxtase. Tenho uma paixão platónica pela voz e pela atitude. O concerto no Coliseu foi magnífico. Cantei muito. Tinha o coração em velocidade de cruzeiro. Encheu a noite de magia e euforia. A companhia tornou tudo ainda mais um rock. O melhor de tudo é sentir uma alegria na pequena liberdade que fui construindo. Tenho cada vez mais a certeza que "Há um sítio onde o escuro não chegou e por onde tenho ido. Um rio para me libertar."
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
#MariaCapaz
Saí da zona de conforto à mais ou menos 1 ano. Saí! Precisava de me encontrar. Só a mim.
Como saí e me decidi não sei. Foi natural, acho. Comecei pelo Jazz. Mostrei a mim mesma que ter pé de chumbo não era vida. Hoje sou mais leve. Dou pulinhos como nunca. Leve! Levemente. Depois foi o folclore. Parolo? Naaa... Parolo és tu! Encontrei uma alegria que nem sabia que existia. Encontrei uma parte de mim. Encontrei amigos. Sou mais! Sou maior e sei sorrir melhor. Encontrei-me em mil coisas diferentes. Acho que sou feliz. Estou feliz.
Houve um tempo, muito tempo, demasiado tempo em que vivi sem me Amar.
Esse tempo acabou!… ou melhor, está a acabar, todos os dias um pouco, é um processo longo e difícil, esse, o da nossa reconstrução.
Daqui.
Como saí e me decidi não sei. Foi natural, acho. Comecei pelo Jazz. Mostrei a mim mesma que ter pé de chumbo não era vida. Hoje sou mais leve. Dou pulinhos como nunca. Leve! Levemente. Depois foi o folclore. Parolo? Naaa... Parolo és tu! Encontrei uma alegria que nem sabia que existia. Encontrei uma parte de mim. Encontrei amigos. Sou mais! Sou maior e sei sorrir melhor. Encontrei-me em mil coisas diferentes. Acho que sou feliz. Estou feliz.
Houve um tempo, muito tempo, demasiado tempo em que vivi sem me Amar.
Esse tempo acabou!… ou melhor, está a acabar, todos os dias um pouco, é um processo longo e difícil, esse, o da nossa reconstrução.
Daqui.
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