quinta-feira, 22 de outubro de 2015

how to get along with a bitch

Acho que vou fazer disto uma "série de filmes", como diria o meu pai. Para ele o conceito de Séries com temporadas não faz sentido. Ora vejamos bem: se falam estrangeiro, se tem acção/drama e tem legendas é um filme!
E tu explicas e dizes: é uma série!
Dias depois ele diz: ela estava a ver uma série de filmes! (eu grito mentalmente: Whatever!)

Isto tudo para dizer que lá no Olimpo trabalha uma bitch um quanto ou tanto depressiva e que (parece-me) está farta do que faz dia após dia. (não é que eu não esteja, mas c'est la vie!)

Bem!
Hoje chego eu toda cool de óculos de sol (dentro do edifício porque de manhã não é fácil e estilo é estilo!), de mochila ás costas e vejo-a (le bitch) junto à porta do laboratório com o segurança.

- Falhou a luz, diz-me ela (le bitch), sem o "bom dia" da educação.

- Certo! Disse eu. Dei dois passos mais (eu não tinha nada a ver com aquilo) quando ela (le bitch) interrompe a minha caminhada em direcção à minha secretária e diz:

- Olha, fica aqui com o segurança que não me dá jeito!

Pensei: Oi? Eu? Mas eu nem sou daqui! Falhou a luz onde? Ah? Mas mas...! Da Fuck!
Olho de esguelha para ela e foquei as mãos: tinha o café numa mão e os cigarros noutra. (ela queria ir fumar e a Loser que ficasse ali!).

- Olhe a minha colega ajuda-o que eu agora não posso, disse le bitch secamente ao segurança.

-O segurança baralhado diz-me: Mas é você a responsável?
- Eu? Eu "a" responsável não sou mas ela é a irresponsável claramente! Disse-lhe eu com cara de quem foi tramado pela lata interminável de outra pessoa.

Fiquei ali de mochila às costas a servir de guarda-costas ao segurança.

30 minutos depois ele termina de arranjar o quadro eléctrico e sorri e diz-me: Precisa de mais alguma coisa menina?

- Olhe, preciso! Preciso de uma extensão com três entradas. (disse-lhe eu em modo automático. Era uma necessidade que ninguém me estava a querer resolver) Toda a gente me diz que não há e que preciso de fazer um requerimento muito demorado, mas também não me explicam como.

- Eu arranjo-lhe uma! Você foi simpática! Disse-me o segurança a sorrir.

Voltou 5 minutos depois com uma extensão nova em folha.

Sorri-lhe e agradeci!

Aahahahh, ganhei o dia minha gente! Ganhei o dia!


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

danúnio

De barriga cheia com um hambúrguer de picanha delicioso, fomos navegando na conversa. Começamos pela minha aventura de cair nas escadas e fazer um dói-dói na perna. Tu rias-te e chamavas-me trapalhona.

Depois a história do rapaz giro (onde cravei a minha atenção e foco) que me fez atropelar um estranho no shopping. Rimos muito. Trapalhona!
Ainda estava eu a dar teatralidade à história do rapaz giro quando tu dizes-me:

B: - O dói-dói do coração passou, estou a ver!?

Fiquei séria, se soubesse levantar a sobrancelha, certamente o faria.

Contei-lhe o que me tinha acontecido na sexta. Que estava actuar tranquilamente quando os vejo chegar. Achei uma afronta: esfregarem-me na cara todo aquele cenário. Fiquei cega. Zangada. Fula. Quase entrei em ebulição, e óleo quente queima! Contei-lhe que me privei de cumprimentar pessoas e que me senti mal por isso.

B: - Repara, se te preocupas apenas na parte de não cumprimentares pessoas...hmm, quer dizer que passou! Ou sentes alguma coisa ainda?

Fiquei séria novamente, e mais uma vez, se soubesse levantar a sobrancelha... já não me apetece falar mais sobre isto.. mas vá:

Não sinto nada! Quero e tenho vontade de o insultar por me ter magoado, por ter sido um atrasado mental. Mas insultaria por outra pessoa, um pombo correio seria o ideal.
Não tenho vontade de o ver ou falar-lhe! 

Sim passou-me, aleluia irmãos! O dói-dói passou. No sábado nem me lembrava daquele fim de noite irritante. Passou o dia passou a romaria!

Mas sim o dói-dói passou! Ainda bem que passou... aquilo é a pessoa mais disfuncional e descompensada de sempre. Magoou-me. Pisou-me. Traiu-me. NOSSA! Nunca mais! Nem obrigada. Só de pensar nisso doem-me os dentes! Belhec!

Ela riu-se! 
B: - Tens razão, passou-te! Se já fazes piadas com isso estás pronta para outro.
Eu disse: OUTROS, plural! 

Ainda fomos comer um gelado. Correcção: Foste comer um gelado. 
O tópico mudou.
Falamos de política. 


Não há tempestade que não chegue ao fim!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

sexta acaba o ano

Há uma panóplia de coisas eu me fazem subir à serra "do mau humor" e ao vale do "deixa-me ficar sentada à espera".
O fim do verão mexe comigo. Há uma tendência no ser humano para deprimir com o tempo nublado e cinzento. Disseram-me que é a polaridade e o aumento da humidade. Disseram-me ainda que nos primórdios da humanidade nas duas estações frias havia uma diminuição do metabolismo. ora isso criou um habitualismo no corpitcho que se estende até aos dias de hoje.
Quem medisse? Um Nerd fofo que toca violino. Toca violino e isso faz-me acreditar!

A verdade é que em dias de inverno faço muita introspecção involuntária. As vezes fico bem outras fico menos bem.
Este ano, que acaba sexta-feira, para começar no sábado mais perto dos 30, foi bom!
Foi um ano de conquistas. Foi um ano de novas amizades. Ganhei alegrias. Ganhei gostos.
Livrei-me de pesos. Segui com a vida sem esperar nada. Estou feliz. Não tenho sombras e sou mais eu.
Há lá coisa mais linda que olhar para o ano que passou e vê-lo feliz e alegre. A banda sonora foi popular com um toque de jazz. O resto veio das pessoas.

Não há tempestade que não chegue ao fim!