domingo, 26 de fevereiro de 2012

Grande Nada


O frio entranha-se na alma e fico com preguiça de me mexer só com receio de sentir o frio subir-me pelas costas e causar o desconforto característico: pele de galinha!
O frio e eu não combinamos! Á dias que acho que não combino com nada, mas sem pensamentos depressivos amanhã é Segunda-feira, please ainda se tornam mais deprimentes!
Hoje foi preguicite ao mais alto nível, domingo de cama, séries e um grande NADA mais :)
Domingo é isso mesmo, um grande nada na minha semana, e sabe tão bem, pelo menos na maioria das vezes!

Lembro-me que aqui à umas semanas fui ver o mar e se o frio não me estivesse a matar as minhas orelhinhas (tenho otites com o vento frio) tinha sido perfeito. Já não via o mar desde os primórdios meses de verão e foi agradável, claro que fui quase obrigada a ir, porque Domingo para mim é o tal dia de pijama a vaguear pela casa com uma bela programação de cinema da televisão pública e pipocas salgadinhas a rodear-me a tarde, quentinha no sofá. Mas não obviamente, há sempre alguém que não compreende e nos obriga a sair de casa!!!! Bem, mas do mal o menos, sei que deu para bater o dente na praia, lembrando banhos de verão seguidinhos do choque térmico característico das águas do norte do país!

E é este entimento ambíguo que me chateia, ora se saio de casa até foi agradável, mas se não pratico o grande nada de Domigo, irrito-me!
Acho que me falta alguma coisa, um equilíbrio, ás vezes acho que é o Amor, aquela espécie rara que não paira na minha janela à algum tempo. Aquele calorzinho que aquece o coração em dias frios, em momentos de alegria, em momentos de incerteza e tristeza, que faz fazer querer sentir.  Ou no limite sou bipolar e nunca estou bem com nada (risos). Sim, porque viver para o trabalho nunca foi bem o meu objectivo de vida. Concordo que é importante termos o ego polidinho no que respeita às conquistas pessoais, auto-aprovação, sim é importante, sim, sim, sim! Mas falta o impulsionador do entusiasmos para tudo, do equilíbrio que me falta, o Amor, e onde andas tu? Por isso, esta ideia tem pairado no meu pensamento: quando olhei para o sol com o cenário de praia, pensei, sol aquece-me a alma na ausência do que me pertence.

Deixando o meu umbigo e reflectindo sobre sentimentos alheios que me fazem pensar e repensar, que vão ocupando os espaços vazios, vou-me contentando com “Tudo o que precisamos", sim porque na ausência de melhor, preciso de me concentrar: «O que quero ser quando for grande?»
É que já não falta assim tanto para decidir, Maio é já ao virar da esquina!

See ya, grande Nada!


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