sexta-feira, 30 de novembro de 2012

o certo

Vi O caos na cabeça dela. Entre a felicidade de saber que existiu, existe, não sabe! E o desespero de cair no poço do "toma lá que é para aprenderes" mais uma vez, ri. Sente-se sem os pés no chão! E corre, corre em pensamentos "ai que isto não pode ser!". Não há coerência, queria que ela soubesse ser menos ela, lá de vez em quando.
 «Continuamos com 17 anos. A tentar ver-nos um no outro, a tentar encontrar o sorriso e a tentar estar lá mesmo quando não devíamos. Continuamos a querer, mas sem nos comprometer. Apanhaste a chuva por mim, e eu quis-te lá, quis deixa-los por ti.
Estava "alegre" entre outras coisas e só te via a ti. O "main goal" eras tu. E entre percalços, os risos, Gangam Style e minis lá te tive ao pé de mim. Sorrisos, histórias, eu ali meia perdida entre ti e o resto que pedia atenção. Não vi nada, nem pinheiro, nada!
Depois veio a aventura de um carro sem bateria, uma Polícia sem cabos e uns Bombeiros sem meios, um serviço publico inexistente. Vieram as risadas de quem vê tudo como uma "prova conceito", e de quem teme que vá acabar a noite a ligar ao pai para ajudar o menino "dela". Mas não, lá veio um desconhecido e mostrou-nos que ajudar os outros é essencial, principalmente quando o carro não pega!
No momento da verdade, encolhi-me, sei lá, tem de ser certo, tem de ser sem consequências. Tenho de estar lá, eu, sem aditivos, por isso, amigos como dantes. Tenho é medo de o afastar por o querer puxar para mim».
Vá lá, puxa para ti, que já ninguém a atura!


terça-feira, 27 de novembro de 2012

tínhamos só 17 anos

«Algumas histórias começam pelo fim, a maioria pelo início.
Os grande livros começam pelo meio, vão explicar-nos o início e terminam quando nos deixam a sonhar com o fim. 
O fim é sempre o lugar onde queremos chegar um dia. Não tem de ser já, não é preciso ser já! Não quero lá chegar ainda. Os entre-tantos têm de ser vividos e apreciados, entre o Início e o Fim estamos lá, nós, crus! Queremos saber amassar o pão, queremos sentir a felicidade nas pontas dos pés, queremos saber-nos bem a lutar por isto, por nós, pelo ar, por seja lá o que for. 
E o início parece termos dado os mesmos passos, usado o mesmo pé, rir do mesmo e brincar da mesma forma, tu de caneta na mão e eu de pescoço riscado. Parece termos dançado o mesmo pulsar enquanto sonhávamos. Ainda hoje me faz sorrir a minha alegria por te ter ali, sentado de olho em mim. 
Mas naquele início ficou marcada a mesma insegurança e o mesmo silêncio. Trocamos olhares, vontades e sonhos sem nunca o revelarmos... o nabo e nabiça! Dormimos juntos, sonhamos juntos, quisemos juntos, perdemos tudo, juntos, mas ainda o lembramos, juntos!
Depois do início começamos os "entre-tantos" e estes foram vividos separados, a distâncias bem medidas pelo sentimento de fracasso para mim e de confusão para ti. 
Tu caminhaste em frente, eu deixei-me ir ao sabor do vento. Tenho a sensação que nunca caíste no desespero de não ver o caminho, sinto que nunca viste horas negras, sinto que não conheces o vento frio nas faces e o medo de não saberes aquecer-te e remares sem rumo. Pareces-me sereno e equilibrado, não pareces eu... e que bom que isso me faz sentir.
Pareces bem assim, sem mim. Vi-te olha-la como queria que me olhasses assim, à procura do meu olhar, depois apenas a saber ver-me.Vi-te bem e sorri! 
Fiquei bem por ti, por te sentir feliz, mesmo que sem mim. Eu errante e tu bem! Vi que era certo para nós, da forma mais distorcida, sem mal nenhum! Que estejas bem que eu não estou mal.
Vieste ter comigo num tropeço dos "entre-tantos". Quisemos trocar gostos.
Ouvi a tua música e quis vive-la contigo e aos poucos, senti que tu comigo. 
Ainda estamos a meio dos "entre-tantos" e não peço nada. Mais do mesmo é bom, é mais do que tive até hoje.
O fim? O fim sonho-o sem o desejar! 

"Em frente à lareira, de pantufas quentes, confortavelmente na poltrona, de mantinha e gato no colo, a ouvir a grafonola tocar Penguin Cafe Orchestra e com a tua mão na minha, os meus dedos seguros nos teus, tu comigo e eu contigo, o teu amor e o meu, velhinhos". Velhinhos porque era o fim da história mas não de nós!».



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dança dança#3

Então a gente fala. A gente gesticula. A gente sorri. A gente contorce-se no chão e sente o chão em nós. Dói, fica marca e o movimento não saiu bem. Vamos mais uma vez, de olho nela, a professora, ela já nos começa a reconhecer e a prever as nossas dificuldades e mantém-se atenta e ri-se e corrige e no fim fustiga o medo, a vergonha, o intimismo de não querer mostrar aos restantes colegas quem somos.
Olha de canto e faz-me sentir pequena.
Redefine uma frase para a tosca, eu, e faz-me melhorar um movimento e esquecer aquele que não sou capaz. Não gosto, mas obedeço, ela manda!
Continuo e a minha disposição volta a mim. 
Concluo que aquilo faz-me bem, mas eu tenho e preciso de o fazer melhor!
Para isso tenho de sair e expor-me, mas isso dói na alma.
Tagarelei o caminho todo coma Alternativa e ela ouviu-me mas não soube falar-me.
Mas tu sim, se calhar porque não estava à espera que quisesses opinar ou saber. Deste a tua opinião e pedis-te me para não ter medo e se fosse tão impossível assim para criar uma outra Piquena e que  a interpreta-se.
Caiu-me o queixo! Nunca te conheci assim, aberto ao diálogo e falador. Se conheci esse J esqueci-o! Não!Comigo não! Comigo não eras assim se não eu sabia-te reconhecer. Mas eu gosto, é refrescante. Obrigada por mo lembrares! !Que não é preciso ter medo e que a zona de conforto não é para os ousados e não pode ser para mim.  
Ter-te mais perto é bom!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

mmmm

Andava Missis Freckles navegando no mundo fantasioso "blogoesférico" quando vê um post aqui sobre as 5 pessoas que mais estamos e como elas nos influenciam de tal forma que nos tornamos como elas. Isto quer dizer que somos uma espécie de milk shake com 5 sabores. E que nós próprios somos um dos sabores de 5 pessoas... Eu sei, profundo pensamento este!
Assim, fazendo contas por alto, ela é uma mistura de quê exactamente? Pai, mãe (já que vive com eles, mas no fundo não passa assim grande tempo por lá), uma Marta e uma Luísa (que o trabalhinho impede que seja mais do que gostaria que fosse), uma Fafense no andar de cima, uma Bijulicious sentadinha ali ao lado e mais uma serie de pequenas participações com Raça, do Cartaxo ou Limianas. É claro que 5 é muito difícil de cotar e normalizar.

Será que alguém vai passar a chorar nos filmes porque é meu amiguinho?  Choose well!

domingo, 18 de novembro de 2012

weekend


É mais ou menos assim: 
Nenhuma caminhada é longa de mais quando os amigos e família nos acompanham!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Missis Freckles fala por si!

Há coisas que nos batem assim de frente que nós nem nos apercebemos que temos, e essas coisas deixam-me "abananada", essas coisas são "preocupações alheias" por nós, mas boas preocupações.
Estou eu com um pé na incerteza, a chegada de Dezembro vem de mãos dadas com um possível desemprego o que nunca é agradável e sempre preocupante, vou assumindo que tudo se resolve. Tento não sentir o medo da contagem decrescente e manter presente que não será o fim do mundo.
Houve dias que a preocupação instalou-se e me arrasou! Digamos que, com o tempo as coisas tornam-se mais maduras em nós e "panicar" não é palavra de ordem e eu tento não mostrar que me aflige. 
Mas para ser honesta, ás vezes esqueço-me que o final da linha "está a ali ao fundo". Como hoje, numa conversa informal entre amigos de trabalho surge o meu espanto quando vejo planos futuros de trabalho que me incluem só porque sim, vá e porque eu posso vir a ter meios.
Mesmos assim, vi preocupação alheia e fiquei sentida, vi alguém preocupar-se comigo mais do que eu mesma e confesso que agradeço muito. Fiquei tão impressionada porque saber que há quem queira mais para nós, que afinal isto não é cada um por si. Isto de ter Amigos é  fantástico, os amigos têm magia e que com eles qualquer coisa faz diferença. 


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

uma história desencantada


Será que algum dia se arrepende?
“Arrepende” pode não ser a palavra correcta, pois pode não ser mau aquilo que uma dia se venha a aperceber.
Sim, “aperceber” é a palavra.
Será que um dia se apercebe?
Bem, mas arrepender certamente não, são 96480 minutos de respirações constantes, de pensamentos e impulsos eléctricos de neurónio em neurónio. É uma carga de conversas e olhares, é tempo, não uma infinidade dele, mas é tempo.
Se fizesse o desenho no papel ou se torná-se a história em conto para uma criança de 4 anos, ela iria achar que era a pior história de sempre. O melhor seria transformar numa fábula e explicar que o burro é isso mesmo e a princesa era uma ostra, porque no final, deixou-se calar.

«Era uma vez uma princesa e um burro. Eram amigos, parecidos, eram fáceis e bem-dispostos. O burro tinha um sonho: ser o cão da pedra; e a princesa secretamente sonhava ser mais, numa maneira despreocupada. O tempo passou e eles ficaram amigos, não era improvável. Um dia o burro armou-se em carapau e princesa em bruxa má. Estragaram tudo, não era para ser assim. O burro cumpriu o seu sonho e tornou-se um cão de verdade, e a princesa assustada, envergonhada e arrependida transformou-se em ostra, calou-se e fechou-se para conseguir manter a pérola dela lá. Ficou triste, a pérola, o coração menos vermelho, perdeu um amigo e olhares tortos dos animaizinhos da floresta. Mas a natureza da princesa era ser forte e determinada, não era ser ostra nem bruxa má. Então quis ir para a guerra e largar a perola no chão, se fosse preciso. Tinha de recuperar os animaizinhos da floresta! Na primeira batalha sentiu-se sozinha e perdeu-a. Na segunda batalha ouviu alguns animaizinhos, foi lutar pelos outros e no final de contas, levou alguns coices mas conseguiu um empate. Hoje ainda está em guerra com o cão, é uma guerra mais silenciosa e mais só, muitas vezes passa por impor com ironias verdades que lhe doem, sorrisos sarcásticos, opiniões censuradas e distância… muitas distâncias.
Hoje é menos ostra, menos princesa, menos ela, é um facto. Mas ele, ele é um burro de trela e açaime. A bruxa má nela fica a mirá-lo de alto, a princesa fita-o de olhos molhados e depois crava-os no chão, triste por vê-lo perseguir um sonho de ser cão que não lhe fica bem.»

Sabendo eu que os 58000000 segundos chegam para tocar com o queixo no chão e magoar, entendo que ele compreendeu e percebeu que o arrependimento por ter perdido uma amiga, por ter se ter permitido a magoa-la a ela, que o ouviu e quis ser amiga dele, não o atingiu de verdade. Bem, isso faz-me querer chorar. Depois faz-me querer chuta-lo por ser assim, porque não era suposto. Não foi isso que ela viu nele. Ela viu alguém bom! Agora que eu penso, viu o que não existe, viu a miragem e o que quis ver.
Ficar triste por isso, ela permite-se, porque perdeu o amiguinho de brincadeiras, de copos, de música, de tudo. Perdeu um amigo porque confundiu tudo e foi crucificada.
O que tem para ele? Não sabe. Depende dos dias. Há dias que lhe apetece percebe-lo e aceita-lo. Há dias que cuspir-lhe na boca por a ter riscado da vida dele, é tudo que o resta nela. E ainda há dias, que sente pena. Pena pelos dois. Pena por todos! Por terem confundido tudo, magoado todos e por terem criado elefantes gigantes entre eles.


Uniform

Não é uma questão de fugir do que se quer, é uma questão de fugir porque não se pode e continuar de sorriso nos lábios, de bem com a vida, de sentar, encostar as costas e desfrutar, de ficar de barriga cheia, quentinha e satisfeita.
Depois o drama é do "fruto proibido" que nos persegue e que lá no interior da massa cinzenta, é que a fantasia veste a roupa a preceito e tudo fica melhor e mais tranquilo, no momento de fechar os olhos, porque ali no limbo não há restrições nem sinais verticais ou luminosos a nos aconselharem a parar porque ali, é local de cedência de passagem não de STOP.
Não é um drama, não é nada que seja impeditivo de respirar, é uma espécie de micose que aparece e teima em ficar e querer fazer o seu papel: irritar.

Mas como sempre que as mãos estão atadas e mesmo contorcer fica difícil o melhor é deixar andar e aproveitar o que de bom vai aparecendo, como estar de volta à música menos estereotipada, "old good Freckles is back!"



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Põe-te em guarda


Disseram-me um dia, Rita (põe-te em guarda)
aviso-te, a vida é dura (põe-te em guarda)
cerra os dois punhos e andou (põe-te em guarda)
e eu disse adeus à desdita
e lancei mãos à aventura
e ainda aqui está quem falou

Galguei caminhos-de-ferro (põe-te em guarda)
palmilhei ruas à fome (põe-te em guarda)
dormi em bancos à chuva (põe-te em guarda)
e a solidão, não erro
se ao chamá-la, o seu nome
me vai que nem uma luva

Andei com homens de faca (põe-te em guarda)
vivi com homens safados (põe-te em guarda)
morei com homens de briga (põe-te em guarda)
uns acabaram de maca
e outros ainda mais deitados
o coveiro que o diga

O coveiro que o diga
quantas vezes se apoiou na enxada
e o coração que o conte
quantas vezes já bateu para nada

E um dia de tanto andar (põe-te em guarda)
eu vi-me exausta e exangue (põe-te em guarda)
entre um berço e um caixão (põe-te em guarda)
mas quem tratou de me amar
soube estancar o meu sangue
e soube erguer-me do chão

Veio a fama e veio a glória (põe-te em guarda)
passearam-me de ombro em ombro (põe-te em guarda)
encheram-me de flores o quarto (põe-te em guarda)
mas é sempre a mesma história
depois do primeiro assombro
logo o corpo fica farto

O coveiro que o diga
quantas vezes se apoiou na enxada
e o coração que o conte
quantas vezes já bateu para nada

terça-feira, 13 de novembro de 2012

We'll run wild

Depois da tempestade num copo de água com não mais do que 50 mL, vem o vento brando nas faces, as luzernas de sol nos olhos, o nariz frio, o calorzinho dos cobertores, a comida quente e pesada, o cheiro a canela, as luzes brilhantes, os alarido dos enfeites, os sorrisos por nada, a vontade de ser solidário porque nesta época é mandatory e o balanço. O balanço de quem gosta de ajustar contas. Missis Freckles é pessoa para fazer inventários e ver em suma, o que se deu este 2012 e o que ainda pode dar.
Veio com a conversa de querer e de temer não conseguir: «Tenho intenção de assinar o ano 2011, fazer um pregaminho e rubricar o que ele foi, este grande ano que parece que tem pernas de Usain Bolt e de cada passo trouxe velocidade, intensidade e explosão, por isso, quero-o ali, a lembrar-me que existiu. Acho que passou a uma velocidade pouco aconselhável e cardíacos ou a pessoas que têm direito a um aviso especial antes dos filmes no cinema, pois podem ser "sensíveis a luzes intermitentes que podem desencadear crises em pessoas que sofram de epilepsia fotossensível", porque este ano foi assim, tanto piscar,  tanto flash e "eventos sociais" que parece que nem absorvi tudo e tenho alguns receios por isso.»

Diz que vai fazer uma lista! Já foi pessoa de listas, das verdadeiras listas de incentivos pessoais que colava na parede em épocas de "Drama Queen". Depois quis crescer e deixou-se de se importar, percebeu também que "desligar-se" também não é crescer. Sexta pensou em listas e hoje disse "lista". Esta lista é sobre achados, as outras eram sobre perdidos.

E ela continua a correr com eles!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

dança dança #2

Missis Freckles deitada na cama, coberta por 1001 cobertores e de cabeça encolhida fala das dores musculares, nos hematomas nos ombros, nos antebraços e nos joelhos. Deixa-se ir e confessa-se. Isto de dançar anima-lhe  a alma:
«Estava no -1 e no meio de carvão, um dedo apertado e máscara por causa do pó, o youtube faz-me companhia. Cismei em determinado tipo de musica e fiquei ali presa entre pó preto e música folk. Isto porque, ainda não é do conhecimento geral, porque a maioria das pessoas ri-se na minha cara, mas vá: pratico dança contemporânea. Sim sim, sei o que o António Raminhos acha sobre o contemporâneo.
Então gosto de me imaginar uma bailarina, livre e tento ao máximo não pensar muito sobre como as pessoas me olham quando me "balanço" e tento esticar um perna, encolher a púbis e empurrar o cóccix para o chão. Usar a força abdominal que consigo, redopiar os ombros no chão, passar os braços por baixo do corpo e deixar o movimento fluir sem muita premeditação anunciada, porque a ideia é ser o mais natural em nós possível.
Sendo eu desajeitada e sem qualquer formação no âmbito da dança ou arte, acabo por me divertir mais com a minha falta de jeito do que com outra coisa mais... Bem, na verdade, se assim fosse não seria bem o meu ponto alto da semana. Entrei lá de cabeça cheia, várias vezes, e saí leve que nem uma pluma.
Acho que me apaixonei por isto!»


domingo, 4 de novembro de 2012

é tudo um jogo: hoje um pi(C)ão, amanhã quem sabe um cavalo

Em certos momentos, eu mesmo, o Cão, tenho dúvidas sobre o horizonte. Talvez olhá-lo seja danoso (gosto da expressão por ser brasileira) para a saúde.
É a linha definida que define o indefinido. Causa estragos não ter livre-arbítrio.
E depois, de um momento para o outro as pessoas sentem um necessidade extrema de serem melhores que nós e mais felizes que nós e realizadas que nós. E não!
As pessoas continuam as mesmas, mas nós não... porque olhamos a ténue linha do horizonte e ficamos deprimidos e oprimidos, porque estão longe os dias fáceis, de responsabilidade nula e decisões a baixo de zero.... Chegaram os dias de mãos secas do vento sul que passou e nada deixou.
E torna-se lógico que a envolvente seja agreste e a felicidade dos outros igual à de ontem, seja irritante hoje. Ainda mais em tempos incertos de ir ou ficar... o medo faz-nos sós.
Fazendo bem as contas, tudo fica mais escuro, como quem vive a meia luz. Ora é a música menos alegre, ora é a falta de apetite e uma vontade louca de estar ocupado. 
Correr à volta do jardim já não me chega. 
Entrar e sair da casota aborrece-me. 
O telhado, as estrelas e os livros a meia luz deixaram de me aquecer o coração. 

Mind the gap (expressão "blogosférica" da moda) : Missis Freckles detesta xadrez! E desta esta conversa. Arreliei a senhora!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

she don't exist!

"This is the true and impossible story of my very great love. In the hope that she will not read this and reproach me, I have withheld many telling details: her name, the particulars of her birth and upbringing, and any identifying scars or birth marks. All the same, I cannot help but write this for her, to tell her “I’m sorry for every word I wrote to change you, I’m sorry for so many things. I couldn’t see you when you were here and, now that you’re gone, I see you everywhere.”One may read this and think it’s magic, but falling in love is an act of magic, so is writing. It was once said of Catcher In The Rye, “That rare miracle of fiction has again come to pass: a human being has been created out of ink, paper and the imagination.” I am no J.D. Salinger, but I have witnessed a rare miracle. Any writer can attest: in the luckiest, happiest state, the words are not coming from you, but through you. She came to me wholly herself, I was just lucky enough to be there to catch her."