Em certos momentos, eu mesmo, o Cão, tenho dúvidas sobre o horizonte. Talvez olhá-lo seja danoso (gosto da expressão por ser brasileira) para a saúde.
É a linha definida que define o indefinido. Causa estragos não ter livre-arbítrio.
E depois, de um momento para o outro as pessoas sentem um necessidade extrema de serem melhores que nós e mais felizes que nós e realizadas que nós. E não!
As pessoas continuam as mesmas, mas nós não... porque olhamos a ténue linha do horizonte e ficamos deprimidos e oprimidos, porque estão longe os dias fáceis, de responsabilidade nula e decisões a baixo de zero.... Chegaram os dias de mãos secas do vento sul que passou e nada deixou.
E torna-se lógico que a envolvente seja agreste e a felicidade dos outros igual à de ontem, seja irritante hoje. Ainda mais em tempos incertos de ir ou ficar... o medo faz-nos sós.
Fazendo bem as contas, tudo fica mais escuro, como quem vive a meia luz. Ora é a música menos alegre, ora é a falta de apetite e uma vontade louca de estar ocupado.
Correr à volta do jardim já não me chega.
Entrar e sair da casota aborrece-me.
O telhado, as estrelas e os livros a meia luz deixaram de me aquecer o coração.
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