sexta-feira, 29 de março de 2013

Olha, quem tem muito riso, sabes, tem pouco juízo!

Sexta-feira Santa dia de limpezas em terras a norte de Portugal. Tira-se tudo que a casa possa abarcar incluindo teias de aranha e cotão, escondidos nos recantos da casa. 
Tudo de pantanas, tudo pronto para ser regado a lixívia e a líquido amoniacal, capaz de irritar a garganta durante 3 dias, mas nada nos detém!

Aspirador sempre ligado e desperdício de água acentuado para lavar passeios e escadas, pés olhados e calças arregaçadas.
Braços doridos de suportarem panos e vassouras todo o Santo dia. Mãos cobertas de cieiro, ásperas porque as luvas é coisa de coquete, e aqui só há mulheres do norte, sem pêlo na benta, há que salvaguardar!

Foi um dia Santo! 
Rimos em quantidades alargadas, as três, mais do que havia para limpar. 
Rimos porque a M. deitou Raid Anti-Mosquitos em vez do banal Pronto limpa móveis no móvel de entrada.
Rimos porque eu parti o espelho pela segunda vez consecutiva, melhor dizendo, o ano passado estalei-o e este ano arrumei o assunto, partindo-o de vez. 
Rimos porque cantamos rancho, músicas da igreja, Marco Paulo ou  Roberto leal a pulmões soltos. 
Rimos porque a M. espirra para o bairro todo ouvir e a factiosa e nerd da L. sabe sempre um facto interessante para brindar o momento, dando-nos motivos para a gozar com ela. 

Depois aparvalhamos com tudo: 
- Mjei é um bom nome para pseudónimo. Diz muitas vezes ó parva, mas sem rir! Assim mais vale tares queta!
- ó cala-te mazé, tou txeio de tou-bir!
- é humidade, soubesse uma tinta!
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 e nunca mais parámos de inventar, até o verdadeiro pseudónimo surgir do meio de risos e gritinhos!

Havia tudo para limpar na casa da avó, mas mesmo assim parece que só rimos. 
Rimos de tudo, como as crianças que somos quando estamos as três juntas. 
Sim, foi Sexta-Feira Santa. que terminou com a Pi de braços na cinta e chapéu de pescador enfiado até ao nariz por causa da chuva a dizer-me: Olha, quem tem muito riso, sabes, tem pouco juízo! 






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