quinta-feira, 28 de março de 2013

Sugar free

É de bolacha de água e sal mergulhada no iogurte natural que sinto estranheza nas faces alheias. A estranheza de quem não entende como eu, ser extraordinário o consigo fazer, e ainda ter um certo prazer em fazer deste conjunto o meu lanche.

Existe de facto muita estranheza em mim, a intolerância ao açúcar é apenas mais uma, apesar de ser apenas mais uma, é aquela que eu acho mais feia. Feia e inconveniente! 

Ora, é um problema peçonhento sempre que alguém me convida para um copo. Nesse copo ou tenho cerveja, porque não é doce ou água. Não pode ter um vinho, uma vodka,uma cena normal e mais elegante que uma cerveja.

Ora, é um problema peçonhento sempre que alguém me convida para um simples gelado. Não posso comer gelados é doce, tem açúcar .

No meu aniversário não como o meu próprio bolo (sim sim, posso fazer um sem açúcar, mas eu gosto das pessoas que me cantam os parabéns, não lhes quero mal nem os quero a comer um bolo assim).

Não como um chocolate quando estou cansada, deprimida ou simplesmente porque me apetece. Não o posso fazer e também não o sei, para ser sincera.

E sobremesas após um jantar de amigos, de família, de trabalho? Eu bebo café sem açúcar antecipadamente ou como restos de pão que pousam sobre a mesa, para não ter a boca vazia enquanto outros têm orgasmos de açúcar.

Piora? 
Piora!
Quando alguém pergunta porque não como,porque não quero...

Dizer que estou de dieta não cola, explicar que não me apetece não funciona, contar esta deficiência em mim deprime a mim por ter de ouvir «a sério? nada? coitada? quem me dera, assim não engordava.. hmmm pensando melhor, mais vale engordar, é tão bom! Não sabes o que perdes!» e aos outros porque vêem na minha cara que não gosto da estranheza que se estende na cara de quem pergunta.

Caros, a vossa estranheza faz-me sentir frágil! Sinto-me frágil! 


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