Chovia, melhor dizendo chuviscava e eu vinha embalada na estrada escura e brilhante quando nela reflectiam as luzes dos carros que se cruzavam comigo.
Ligava eu o limpa-para-brisas quando os chuviscos me incomodavam e pensava no meu dia, no meu fim de semana, neste e naquele, em sorrisos e palavras, ausências e silêncios quando dei comigo a balançar-me deliciada. Inclinava a cabeça com a melodia e punha o ouvido a jeito como estivesse lá, no clube de Jazz de Gant, só mais uma vez. Ali, naquela nuvem mágica amarela e cinzenta dos pequenos nevoeiros dos cigarros que todos fumavam. Balançando-me uma vez mais de olhos semicerrados quase a levitar de tão bom que soava aquela música a tocar tão perto de mim.
Ligava eu o limpa-para-brisas quando os chuviscos me incomodavam e pensava no meu dia, no meu fim de semana, neste e naquele, em sorrisos e palavras, ausências e silêncios quando dei comigo a balançar-me deliciada. Inclinava a cabeça com a melodia e punha o ouvido a jeito como estivesse lá, no clube de Jazz de Gant, só mais uma vez. Ali, naquela nuvem mágica amarela e cinzenta dos pequenos nevoeiros dos cigarros que todos fumavam. Balançando-me uma vez mais de olhos semicerrados quase a levitar de tão bom que soava aquela música a tocar tão perto de mim.
Olhei para o visor e nele vi escrito «Antena2». Respirei fundo, estava descansada, (quem faz exercício não fica cansado, mas descansado), olhei a estrada e estranhei-me. Pensei: «Estou velha! Passei o limite, depois de uma aula de hidroginástica em que a média de idades dos alunos rondava os 55 anos e jacuzzi, estou derretida a ouvir Jazz! Daqui a nada tenho uma garrafa de água quente nos pés e o chá a fumegar enquanto vejo a novela».
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