quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

I'm Not Going To Love You Forever (Just FYI)













Ryan O'Connell 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

i made peace with myself



"Não vale a pena". "Tens de deixar que isso te incomode."
"E se incomodar só porque tu queres que incomode?" "Como se fosse uma forma de te agarrares ao último suspiro?" (odeio a minha consciência!)
Não consciência, não era essa a minha intenção. Fiz-lo enquanto dormias!? E como faço para deixar que me incomode?
Let it happen...
Apenas deixo!
Pensei sobre isso no fim-de-semana.
É de facto bem mais simples que guardar rancor.
Deixo.
Não me incomoda mais... deal with it.

Inner peace begins the moment you choose not to allow another person or event to control your emotions. - Pema Chodron:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

histórias de pernas para o ar

Por estes dias chovem-me histórias de finais pouco felizes. Olhares vazios. Mãos tremulas. Fico desconcertada com a tristeza dos meus. Faz-me espécie na pele. Fico mole e com uma vontade de baixar o muro que ergui. Fico carente. Fico sozinha nos meus pensamentos. Assombra-me o silêncio.
Foram meses a construí-lo. Tijolo a tijolo. Tive de me desligar e distanciar. Quando essas histórias chegam até mim consigo-me ver através do muro: Lá. De olhos bem abertos e assustados. Braços ao longo do corpo com os ombros descaídos. Cabelo cumprido e sem brilho. De vestido vermelho e sabrinas sujas nas pontas. Pequena. A criança que há em mim olhar o muro. 
Construí! Está construído! 
Às vezes penso em baixa-lo uns centímetros. Baixar as armas só um niquinho. Depois sacudo a cabeça e (re)lembro-me porque o construí. O quanto me doeu a alma.
Sou de perdão fácil. E assim que me permitir a perdoar fico exposta. E volto a sorrir de coração desprotegido. 
(re)Lembro-me que não tenho vontade (e força) para colocar tijolo por tijolo novamente. Empilhar tudo outra vez. Queimar o restolho e esperar que passe. De sabrinas sujas nas pontas. De vestido vermelho. Olhos bem abertos e braços cansados. 
Construí! Está construído! 
A B. reparou. Acho que ninguém me vê tão bem. Sou transparente aos olhos dela. 
Menti-lhe quando me perguntou se estava tudo bem. Não consigo falar. Tenho silêncios.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

virei chacota

Virei chacota fácil nas conversas de café das minhas amigas. Sim são minhas amigas de verdade. Porque se riem de mim? Porque eu deixo e também aproveito para me rir de mim mesma, acho saudável. Sou isto! Rio-me de ser emocionalmente recalcada. Tive sempre azar com os namorados. Enganaram-me ou ... enganaram-me. Por isto e mais alguns motivos moralista (incutidos durante o meu crescimento), há mais de 1 ano, já a caminho de 2, que não me interesso por ninguém. Na minha opinião eles, os hómes não me caem no prato como elas o dão a entender. Em boa verdade não é porque não os ache pessoas interessantes... e esporadicamente troco farpas ou olhares mas no momento da verdade não estou lá. Fico ausente no meu próprio corpo (quando de facto chego aparecer). O mais estranho nisto tudo é que estou bem e feliz e recomendo-me como um analgésico dos bons!

"... acabe com a cefaleia, tome os audiogésicos da Doutora Ana Correia"

terça-feira, 24 de novembro de 2015

how to get along with a bitch #part2

Mesmo com dias de intermitência neste monte Olimpo, quando regresso há sempre algo de novo à minha espera. Ou algo de velho? Bem, como o dia se avistava longo, decidi levantar-me com as galinhas, que é como quem diz 7:30h. Bem-disposta não seria a definição real para o meu humor, mas não estava nada mal para quem madrugou (esta escala tem como referência a minha hora normal de despertar: 8:30h).
Toda despachada (como de costume) entro na sala a 4ºC e procuro pelas minhas caixas de placas. Farejo, farejo, e farejo e só encontro uma. Saí, já tinha o cérebro a gelar, 4ºC são 4ºC! Despachadíssima com uma caixa na mão entrei na sala pequena e perguntei se alguém sabia da minha caixa desaparecida em combate? Ah acho que Le Bicth usou essa caixa porque não tinha placas suficientes para ela fazer um ensaio. Levantei o sobreolho (no meu imaginário, porque na realidade não o sei fazer) e aceitei aquela informação. Uma meia hora depois, Le Bicth chega! Vinha com ar de enjoada e de mal com o mundo (nada de novo portanto). Ó Le Bicth tu usaste as placas que estavam numa caixa revestida a papel de alumínio? (era assim que estava identificada a minha caixa desaparecida!)
- Ah, sim, não estava identificada e ninguém sabia de quem era.. precisava das placas e usei. Diz, Le Bicth.
- Certo, mas vou precisar da caixa.. para fazer o meu ensaio. Estava a contar com elas. Disse eu.
- Podes usar algumas das minhas se precisares. Diz Le Bicth.
- Mas, mas eu tinha a caixa cheia! Digo eu em pânico, não ia ficar arder em 100 placas.
- Tira as que precisares. Diz Le Bicth, sem mostrar intenções de me devolver as minhas ricas placas.
- Preciso de 100! Disse eu já zangadíssima.
- Tantas? Assim não chegam para mim... A tua outra caixa também tinha muitas.. Diz-me ela.
- Pois (andou a cuscar as minhas coisas!). Depois fazes mais para te chegarem, num próximo ensaio. Disse eu a sair da porta.

Raios! Ou vou tirar-lhe  placas ou nunca mais as vejo porque ela não as vais verter para mim! Le Bicth contra-ataca. Haja paciência para pessoas preguiçosas e latosas!

Grrr estou capaz de lhe morder!



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

1/2 copo

Íamos a subir as escadas. Estava arranjada, de vestido preto e levemente maquilhada. A conversa tinha como base os últimos jantares informais. Haviam dois nichos dentro do nosso grupo de trabalho. Os adultos e os miúdos. Sexta íamos a constatar que estavamos a subir as escadas para um jantar dos adultos. Enquanto subia, degrau a degrau, aquela constatação fez disparar um incomodo interior em mim.

Disse-o em voz alta. Acho que apenas a S. o ouviu (o meu pensamento em voz alta): "eu não me sinto enquadrada em nenhum dos nichos... Tenho de repensar o meu ser!" Sorri.
Ela riu-se. Eu ri-me. A verdade é que fez ricochete lá no fundo da minha consciência.
Quando saio com a ala dos miúdos sinto-me constrangida com tanta hormona no ar envolvente. Com os adultos aborreço-me. Há momentos na conversa que preferia ali não estar.

Por outro lado, algumas pessoas do jantar eram mais novas que eu. Eu sentia-me mais nova que elas em todas as conversas. O que eu tenho e o que elas têm estão em duas margens diferentes do rio.

Sexta-feira causou-me estranheza. Sábado também. Ainda hoje sinto pequenas farpas debaixo das unhas.





segunda-feira, 9 de novembro de 2015

you rock my world

Vivi um dos melhores fins-de-semana de sempre. Tiago Bettencourt deixa-me em êxtase. Tenho uma paixão platónica pela voz e pela atitude. O concerto no Coliseu foi magnífico. Cantei muito. Tinha o coração em velocidade de cruzeiro. Encheu a noite de magia e euforia. A companhia tornou tudo ainda mais um rock. O melhor de tudo é sentir uma alegria na pequena liberdade que fui construindo. Tenho cada vez mais a certeza que "Há um sítio onde o escuro não chegou e por onde tenho ido. Um rio para me libertar."

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

#MariaCapaz

Saí da zona de conforto à mais ou menos 1 ano. Saí! Precisava de me encontrar. Só a mim.
Como saí e me decidi não sei. Foi natural, acho. Comecei pelo Jazz. Mostrei a mim mesma que ter pé de chumbo não era vida. Hoje sou mais leve. Dou pulinhos como nunca. Leve! Levemente. Depois foi o folclore. Parolo? Naaa... Parolo és tu! Encontrei uma alegria que nem sabia que existia. Encontrei uma parte de mim. Encontrei amigos. Sou mais! Sou maior e sei sorrir melhor. Encontrei-me em mil coisas diferentes. Acho que sou feliz. Estou feliz.

Houve um tempo, muito tempo, demasiado tempo em que vivi sem me Amar.

Esse tempo acabou!… ou melhor, está a acabar, todos os dias um pouco, é um processo longo e difícil, esse, o da nossa reconstrução.                                                          
                                                                                                                                                        Daqui.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

how to get along with a bitch

Acho que vou fazer disto uma "série de filmes", como diria o meu pai. Para ele o conceito de Séries com temporadas não faz sentido. Ora vejamos bem: se falam estrangeiro, se tem acção/drama e tem legendas é um filme!
E tu explicas e dizes: é uma série!
Dias depois ele diz: ela estava a ver uma série de filmes! (eu grito mentalmente: Whatever!)

Isto tudo para dizer que lá no Olimpo trabalha uma bitch um quanto ou tanto depressiva e que (parece-me) está farta do que faz dia após dia. (não é que eu não esteja, mas c'est la vie!)

Bem!
Hoje chego eu toda cool de óculos de sol (dentro do edifício porque de manhã não é fácil e estilo é estilo!), de mochila ás costas e vejo-a (le bitch) junto à porta do laboratório com o segurança.

- Falhou a luz, diz-me ela (le bitch), sem o "bom dia" da educação.

- Certo! Disse eu. Dei dois passos mais (eu não tinha nada a ver com aquilo) quando ela (le bitch) interrompe a minha caminhada em direcção à minha secretária e diz:

- Olha, fica aqui com o segurança que não me dá jeito!

Pensei: Oi? Eu? Mas eu nem sou daqui! Falhou a luz onde? Ah? Mas mas...! Da Fuck!
Olho de esguelha para ela e foquei as mãos: tinha o café numa mão e os cigarros noutra. (ela queria ir fumar e a Loser que ficasse ali!).

- Olhe a minha colega ajuda-o que eu agora não posso, disse le bitch secamente ao segurança.

-O segurança baralhado diz-me: Mas é você a responsável?
- Eu? Eu "a" responsável não sou mas ela é a irresponsável claramente! Disse-lhe eu com cara de quem foi tramado pela lata interminável de outra pessoa.

Fiquei ali de mochila às costas a servir de guarda-costas ao segurança.

30 minutos depois ele termina de arranjar o quadro eléctrico e sorri e diz-me: Precisa de mais alguma coisa menina?

- Olhe, preciso! Preciso de uma extensão com três entradas. (disse-lhe eu em modo automático. Era uma necessidade que ninguém me estava a querer resolver) Toda a gente me diz que não há e que preciso de fazer um requerimento muito demorado, mas também não me explicam como.

- Eu arranjo-lhe uma! Você foi simpática! Disse-me o segurança a sorrir.

Voltou 5 minutos depois com uma extensão nova em folha.

Sorri-lhe e agradeci!

Aahahahh, ganhei o dia minha gente! Ganhei o dia!


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

danúnio

De barriga cheia com um hambúrguer de picanha delicioso, fomos navegando na conversa. Começamos pela minha aventura de cair nas escadas e fazer um dói-dói na perna. Tu rias-te e chamavas-me trapalhona.

Depois a história do rapaz giro (onde cravei a minha atenção e foco) que me fez atropelar um estranho no shopping. Rimos muito. Trapalhona!
Ainda estava eu a dar teatralidade à história do rapaz giro quando tu dizes-me:

B: - O dói-dói do coração passou, estou a ver!?

Fiquei séria, se soubesse levantar a sobrancelha, certamente o faria.

Contei-lhe o que me tinha acontecido na sexta. Que estava actuar tranquilamente quando os vejo chegar. Achei uma afronta: esfregarem-me na cara todo aquele cenário. Fiquei cega. Zangada. Fula. Quase entrei em ebulição, e óleo quente queima! Contei-lhe que me privei de cumprimentar pessoas e que me senti mal por isso.

B: - Repara, se te preocupas apenas na parte de não cumprimentares pessoas...hmm, quer dizer que passou! Ou sentes alguma coisa ainda?

Fiquei séria novamente, e mais uma vez, se soubesse levantar a sobrancelha... já não me apetece falar mais sobre isto.. mas vá:

Não sinto nada! Quero e tenho vontade de o insultar por me ter magoado, por ter sido um atrasado mental. Mas insultaria por outra pessoa, um pombo correio seria o ideal.
Não tenho vontade de o ver ou falar-lhe! 

Sim passou-me, aleluia irmãos! O dói-dói passou. No sábado nem me lembrava daquele fim de noite irritante. Passou o dia passou a romaria!

Mas sim o dói-dói passou! Ainda bem que passou... aquilo é a pessoa mais disfuncional e descompensada de sempre. Magoou-me. Pisou-me. Traiu-me. NOSSA! Nunca mais! Nem obrigada. Só de pensar nisso doem-me os dentes! Belhec!

Ela riu-se! 
B: - Tens razão, passou-te! Se já fazes piadas com isso estás pronta para outro.
Eu disse: OUTROS, plural! 

Ainda fomos comer um gelado. Correcção: Foste comer um gelado. 
O tópico mudou.
Falamos de política. 


Não há tempestade que não chegue ao fim!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

sexta acaba o ano

Há uma panóplia de coisas eu me fazem subir à serra "do mau humor" e ao vale do "deixa-me ficar sentada à espera".
O fim do verão mexe comigo. Há uma tendência no ser humano para deprimir com o tempo nublado e cinzento. Disseram-me que é a polaridade e o aumento da humidade. Disseram-me ainda que nos primórdios da humanidade nas duas estações frias havia uma diminuição do metabolismo. ora isso criou um habitualismo no corpitcho que se estende até aos dias de hoje.
Quem medisse? Um Nerd fofo que toca violino. Toca violino e isso faz-me acreditar!

A verdade é que em dias de inverno faço muita introspecção involuntária. As vezes fico bem outras fico menos bem.
Este ano, que acaba sexta-feira, para começar no sábado mais perto dos 30, foi bom!
Foi um ano de conquistas. Foi um ano de novas amizades. Ganhei alegrias. Ganhei gostos.
Livrei-me de pesos. Segui com a vida sem esperar nada. Estou feliz. Não tenho sombras e sou mais eu.
Há lá coisa mais linda que olhar para o ano que passou e vê-lo feliz e alegre. A banda sonora foi popular com um toque de jazz. O resto veio das pessoas.

Não há tempestade que não chegue ao fim! 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Little Princess Trust




Então, dei uma de Maria Capaz  e cortei o cabelo. É só cabelo e vai fazer uma princesa sorrir.
É um ponto de viragem. É o cortar da meta e não me sinto cansada. Sinto-me rejuvenescida.
Sinto-me livre. Sempre quis ser Maria. Ontem dei um passo para lá. Senti-me nos teus sapatos. Fui mais Capaz.




quinta-feira, 17 de setembro de 2015

na lama

«há coisas na vida que se gostam.

depois há coisas na vida nos preenchem.
o abraço da família, o riso dos amigos, um olhar de ternura quando se tem um gesto bom, uma mão que toca, quando se diz adeus. mais que momentos que se vivem, são sensações que despertamos nos que rodeiam. interacção bonita esta de dar e receber, de soltar risos em alguém, de emocionar alguém. uma brincadeira no trabalho, um telefonema na parvoíce, o permanente divertir, provocar, sentir quem nos rodeia. quase defeito, esta procura permanente de perceber o outro em frente, de o animar, de o confortar. ou simplesmente de cuidar. são especialmente bonitas as pessoas que se perdem a cuidar dos outros, dos que nos pertencem, sejam família, amigos, sobrinhos, ou apenas próximos. porque são esses momentos que nos dão sentido à vida: adormecemos com a sensação terna que fizemos o nosso melhor por alguém, que fomos o melhor de alguém.»

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

sabes que gostas de política quando...



Sabes que gostas de política quando ficas excitada com as notícias do debate Costa vs Passos (e prometes a ti mesma que depois do jantar, em vez de Peaky Blinders, vais ver o debate em diferido).



terça-feira, 8 de setembro de 2015

I'll send in my condolence




                                                                                                        Because, now i see you, and it's ok!



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

lembro-me essencialmente do quanto fui feliz com elas


Quem tem amigos com quem cresceu a vida toda e ainda os estima e consegue sentir empatia e laços, ainda bem, cresceram ambos no mesmo sentido e sentem-se confiantes por os ter ali mas isso é sorte, o relacionamento de amizade não é muito diferente do que outro qualquer que por vezes funciona mas a maior parte das vezes não aguenta e rompe e - a sério - não faz mal.
o peso da amizade chega a ser maior do que o de um casamento, há quase uma obrigação de se manter perto do outro porque "huuu amizade" mas nem sempre é assim, e - repito - não faz mal.

talvez algumas pessoas têm prazo de validade para connosco, aparecem (ou escolhemos que apareçam) na nossa vida, aconchegam-nos, aconchegamo-las e depois vão embora porque mudámos, mudaram ou já não faz sentido ali estarem. não pode existir culpa ou ressentimento, não é um laço inquebrável (nenhum o é) e não faz mal.

Quando me lembro das minhas amigas, lembro-me essencialmente do quanto fui feliz com elas, do quanto riamos, fazíamos parvoíces e achávamos que iríamos ser assim a vida toda. quando me lembro delas, lembro-me do que era há (muitos) anos. valeu por isso mas é só isso. e não faz mal.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

It's always darkest before the dawn



Nunca fez tanto sentido.
De repente. Do nada. Florence e o seu Shake It Out inundaram-me o cérebro e senti pela primeira vez a música que tem quase 5 anos e passou exaustivamente na rádio.
 Houve um click e passei a sentir a música a integra-la em mim.


It's hard to dance with a devil on your back
So shake him off.



sexta-feira, 17 de julho de 2015

Faz bem ao coração Largar o que é em vão

Um dia, dás por ti de férias, pele dourada ao sol, e percebes que já nem te lembravas dele há mais de um mês. E esses pensamentos são cada vez mais intervalados. E chega finalmente o dia derradeiro, passados 476 dias do fim, em que ouves, pela primeira vez sem mudares automaticamente de frequência, a música que era vossa, do princípio ao fim. E gostas. Porque é apenas uma boa música. Passou o dói-dói.] Daqui.



quinta-feira, 16 de julho de 2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Só me faltam os cigarros

Quando passas muito tempo sem (querer) gostar de alguém há uma inércia na vontade de ter interesse. Há um bloqueio na transmissão de sentimentos. É como se o telefone tocasse com um recado importante para o coração, mas a ligação está interrompida e o que se ouve é aquele "tu tu tu tu" característico de que a chamada caiu. Ligo mais tarde? Naaaa.. quem foi ao ar, perdeu o lugar.


E como se volta a querer, a ligar-nos a outras pessoas? 
Primeiro, tudo que é novo e que cheira a complicado é para riscar da 'to do list'. Se existe inércia para coisas simples, para coisas complicadas existe um "Não" tão firme que o momento nem fica retido na memória... é o chamado: entrou a 100 saiu a 200.


Bem, o que sinto é tão pouco definido que chega a roçar estranho e novo em mim. 

Digamos que saí de uma experiência traumática, onde chorar o leite derramado era tão frequente que me afundei nas próprias lágrimas. Sim sou dramática. E sim, sou de extremos! E sim, no momento que o meu Titanic bateu no fundo eu fiquei lá a chorar pelo embate, por ter deixado. Depois fiquei lá a martirizar-me e a mutilar-me psicologicamente. Já disse que sou de extremos e dramática? 

Quando parei? Não sei... 
Será que parei?

Acho, de uma forma leve, que reorganizei os cacos e os destroços. Ocupei-me com tudo que podia e deixei que a agenda me levasse a bom porto. O "bom porto" será algum sítio que me faça querer recomeçar. E se nunca acontecer? Se continuar a andar e a rir desta forma, pouco fantástica?

Não sou nada infeliz, pelo contrário. Mas na verdade, na maioria dos dias nem me sinto. As coisas acontecem, eu vou-me rindo e aproveitando os amigos, as danças, o trabalho. Soube construir um muro de felicidade no qual me sento e descanso, mas que pouco retenho. Daqui a 10 anos os meus 28 anos serão uma "branca", um buraco na memória.

Mas sei, lá no fundo e em dias hormonais, que sou tão menos feliz do que poderia ser. Sinto que falta-me saber metade, sentir outra metade... falta-me aquele amor. Aquele que me arrepia, que me faz transpirar e tremer. Aquele que se entranha na memória para sempre. 

É duro sabe-lo e ignora-lo e ao mesmo tempo (é terrível agir assim) não o querer. Teme-lo! 
Fiquei presa a um chão feito de pouco.

Posso não sentir nada que isso não me incomoda... sinto-me calma. Talvez este estado de alma seja seguro e quentinho, por isso, eu me queira manter aqui para sempre. Mas sei que eu podia ser mais... mas não vai dar. Sinto que não vai dar.

Yap, não vai dar. Cigarettes & Loneliness


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Bitter Sweet Symphony

«O principezinho sentou-se numa pedra e ergueu os olhos ao céu:

- pergunto-me - disse ele - se as estrelas brilham para que, um dia, cada qual possa encontrar a sua. Olha para o meu planta. Está mesmo por cima de nós... Mas está tão longe.»

                                                                                                        You don't know nothing, Jon Snow!

terça-feira, 5 de maio de 2015

Scholarly Communication

Vamos conhecendo pessoas. Este semestre tem outros encantos. Entre risinhos e partilhas vamos percebendo pontos em comuns e os quilómetros de distância entre todas. Mas rimos sempre. Cúmplices ou condescendentes.
Hoje decidimos entre grandes gargalhadas a frase de abertura da minha tese "turn around" by Bonnie Tyler.
Rimos muito. Saímos a rir e abanar a cabeça com risinhos abafados. A última página irá dizer... "the  total eclipse of the heart"... Continuamos a rir.

As pequenas pérolas do dia que me fazem sorrir pela vida fora.




segunda-feira, 27 de abril de 2015

comédia romântica?!

“It's funny because when you're a child, you believe you can be anything you want to be, go wherever you want to go. There's no limit to what you can dream. You expect the unexpected, you believe in magic, in fairy tales, and in possibilities. Then you grow older and that innocence is shattered and somewhere along the way the reality of life gets in the way and you're hit by the realization that you can't be all you wanted to be, you just might have to settle for a little bit less.

Or perhaps a variation of what you once wanted.

Why do we stop believing in ourselves? Why do we let facts and figures and anything but dreams rule our lives?”


“There aren’t many sure things in life, but one thing I know for sure is
that you have to deal with the consequences of your actions. You have to follow
through on some things.”
Cecelia Ahern, Love, Rosie

terça-feira, 7 de abril de 2015

coro de meia noite

Porque insistimos em coisas que não nos levam a lado nenhum. Coros à meia noite.
Falas-me e não me dizes nada. Queres ficar sem te comprometeres. Quero que vás dar uma volta e percas o caminho até mim.


quinta-feira, 26 de março de 2015

casas pequenas de portas brancas

Tu queres crescer. Tu queres esquecer. Tu queres seguir em frente, mas "sempre em frente não se pode ir muito longe".

Na realidade temos de definir dois pontos para traçar uma recta. Temos de saber meter os pés ao caminho...ou isso ou:

"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."
Alice no país das maravilhas Lewis Carroll

Hoje era capaz de ver o pôr do sol 43 vezes no asteróide B 612.

terça-feira, 10 de março de 2015

Viva la vida

Veio o sol. Com eles os passeios e os anseios do verão. De estar com a família, entre amigos ao sol. Estão a chegar as vontades de querer sair mais, de tirar os casacos grossos, de sair do sofá que nos aconchegou no Inverno.
Tu sabias que eu sabia resistir às noites frias, aos dias negros. Tu sabias que saberia saber sorrir de alegrias no peito, contigo.
"Ó mãe, nunca mais é Abril!" está ali ao virar da esquina e eu cheguei aqui sempre a sorrir, sem tremer muito, mesmo em dias ventosos, não foi mãe?
Tu sabias-me mais forte que eu mesma.
Está sol e nós nunca deixamos de passear.

Agora já sei andar sozinha outra vez. Já não há o peso de más escolhas em cada sorriso meu.
Foram escolhas erradas que nos fazem ver no caminho as pedras que nos constroem todos os dias.


Viva la vida.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Did I do ok? did I pave the way?

"We are out of practise we're out of sight
On the edge of nobody's empire
If we live by books and we live by hope
Does that make us targets for gunfire?"

Não há verdades nem certezas. Há impressões, pontos de vista, sonhos, desejos, azares, reviravoltas, saltos de trampolim, deslizes. E nisso se gasta o tempo de uma vida, indo de um amor para o outro, de uma amizade para a seguinte, procurando o que não se alcança, recebendo o inesperado, indo a passo de boi quando há urgência, em corrida desenfreada ignorando os avisos.
Sobre nós um céu que parece azul porque o Sol brilha, mas de facto é um buraco de negrume absoluto. E isso nos acode e conforta: a ilusão salva-nos do que não saberíamos enfrentar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

estou além

Estou lá. Estou cá. Estou lá. Estou lá. Estou cá. Estou lá e lá outra vez.
Corro. Dou passos largos e encolho a barriga. Quero ser grande. Encolho a barriga e salto de braços no ar.

Trabalhar em dois sítios muda-nos as rotinas e os gostos. Gosto muito mais e muito menos. Sinto muito o mais e o menos. Crio ausências e desvio-me das conversas. Sinto-me uma mãe ausente. Quando volto sinto-me uma madrasta, a mais e fora do jogo.

É difícil manter-me nos laços. Vou manobrando e vou ficando.

A verdade é que sei do que gosto mais e do que sinto mais. E do que se gosta mais aprende-se a ficar e a cuidar... mesmo estando lá e cá. Seguro-me aos  sorrisos que me fazem voltar.



sábado, 24 de janeiro de 2015

são voltas e voltas

Têm sido dias tranquilos. Risos. Se contemplar os dias que passam por mim, vejo-os sorridentes, cheios e tranquilos na intranquilidade de tanto afazer. Divido-me e preencho as brechas. Aquecendo o peito, deixando as mágoas do lado de lá.
São dias de Sol. Um sol que me aquece os pés. Sol quentinho nos pés em dias de Inverno.
Há dias de Inverno no meu coração, vão sendo menos. Cada vez menos. O sol vai aquecendo a base de mim, o meu leme.
Prometi não correr. Cumpri. Vou devagar. Há tempo.
Não me apressem que eu tenho tempo. 

«A vida dá voltas. Faz-nos seguir por percursos que achamos não ter escolhido. Impõe-nos decisões que preferíamos, tantas vezes, não ter de tomar. Oferece-nos razões que não nos apetece aceitar.
A vida tem voltas. A vida tem curvas retorcidas, quando nos apetecia uma recta para descansar. Tem subidas íngremes que nos tiram o fôlego. Tem buracos no percurso que nem sempre conseguimos evitar.
A vida tem volta. Troca-nos as voltas e traz-nos de volta. A vida solidifica-nos as vontades. Enraíza-nos as certezas. Dá-nos liberdades. Oferece-nos determinação.
A vida traz-nos de volta.»

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

conversa de rapazinhos

Às vezes não sei o que queres e digo:
- ok
Às vezes não sei o que faço e tu:
- tá bem
Às vezes fazes de propósito:
- eu sei
Uma vez não são vezes:
-e eu não digo a ninguém

Sei que às vezes eu não estou ao teu lado
- ok
E não te ligo por estar muito ocupado:
- tá bem
Tu não mereces eu deixar-te nesse estado:
- eu sei
Desculpa não ser esse príncipe encantado.
Quando não respondo:
- não sei porque é que me escondes que sabes
- Que sou teu, mas queres um romance apertado
Às vezes é um sufoco, outras vezes fico louco e dizes:
- Não tens razão para te sentir enganado
- Eu sei que me contas coisas que não contas a mais ninguém
E perguntamos ao tempo quanto tempo o tempo tem
Passa, horas, dias, choras, eu sei que está tudo errado dizes:
- Não vás embora, fica, mais um bocado
Eu fico sempre por perto por mais voltas que dês
Tu sabes, que eu não me apego, depois vens com porquês
Imaginas essas histórias tipo "era uma vez":
- Baby, eu sou a folha em branco dos romances que lês.

Às vezes não sei o que queres e digo:
- ok
Às vezes não sei o que faço e tu:
- tá bem
Às vezes fazes de propósito
- eu sei
Uma vez não são vezes:
- e eu não digo a ninguém

Eu não digo a ninguém:
-  que me queres e preferes
Aos outros que tu tens:
- eu sei
Que é díficil quando o clima é propício
Controlares esse teu vício que tens por mim desde o início:
- Ok
Eu quero e faço por isso e tu queres um compromisso
E eu sou mais de improviso e tu só queres ficar bem
E ficas doida comigo porque tens a não do perigo:
- Mas eu não se se consigo dar-te tudo o que tenho.

Sabes que te quero embora seja às vezes
Tento ser sincero, só que, tu não me entendes
Não tenho culpa, mas não sinto o que tu sentes:
- Hoje ficas cá em casa, uma vez não são vezes.

Às vezes não sei o que queres e digo:
- ok
Às vezes não sei o que faço e tu:
- tá bem
Às vezes fazes de propósito
- eu sei
Uma vez não são vezes:
- e eu não digo a ninguém

Oh eu não digo a ninguém:
- Eu sei

Sobe que:
- eu não digo a ninguém
Cora:
- que eu não digo a ninguém
Fica:
- que eu não digo a ninguém
Podes fazer:
- que eu não digo a ninguém

Às vezes não sei o que queres e digo:
- ok
Às vezes não sei o que faço e tu:
- tá bem
Às vezes fazes de propósito
- eu sei

Uma vez não são vezes e eu não digo a ninguém