quinta-feira, 8 de março de 2012

Alucinação


«O silêncio é me fiel, é meu. 
Sempre que olhas,vês-me:
A minha sombra, o meu desassossego
O Tudo que eu escondo, acolho e amo.
Porque sim, o silêncio é meu, pertence-me.
Assusto-me e sinto-me cair no abismo, aquele que não reconheço como meu.
É negro, esconde os medos que renego, não me pertencem!
São maus e aterrorizam-me. Não podem ser meus. Eu amo o que é meu!
Oh a ilusão é infinita, amo só o que o meu intimo me deixa amar.
Eles, não me deixam amar o Tudo, são fortes, são o cavalo de Tróia, a ilusão perfeita.
Possuem, controlam e eu, eu navego na ilusão da liberdade.
Ela comanda e eu deixo-me ir. 
Alucino, alucino e sinto-me lúcida, Dona de mim, no silêncio enquanto dormem.
Sou um ser comum, sozinho e sem rumo!
Acordo!
A solidão diz-me que sou fraco, incrivelmente perigoso, a droga:
Alucino, vicio e destruo.
Foge e não me olhes, alucinação mata!»

                                                                                                  19/10/2009



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