terça-feira, 13 de março de 2012

Máquina do Tempo

Num daqueles dias que nada me assiste, nada me anima e quase tudo é me indiferente, basicamente estou com uma preguiça danada. 
Sabendo que detesto a segunda-feira, não é usual detestar a terça também, só porque sim, mas encarando os sentimentos bombeados no meu cérebro hoje, não o posso negar, a porcaria do dia começou mal e não me deixou avançar! E pronto, hoje detesto esta terça, vá lá, já olhei demasiadas vezes para o relógio e não me convenço, em nenhuma das vezes, que o tempo não voa, ele respeita o seu tempo, que é dele e que é nossa, sem muita escolha nossa, óbvio.

Falar do tempo, daquele tempo! 

A máquina do tempo dos humanos existe, na minha opinião, chama-se memória, só anda num sentido, mas existe. E se puxar a fita, como quem puxa uma cassete de radio com o dedo mendinho, rodando, rodando, rodando mais um pouco e parar em 2011, por esta altura, mais mês menos mês, melhor ainda, rodar para o primeiro semestre do ano, bem devagarinho, quase que consigo ouvir o atrito entre o dedo e a cassete... cada slide em cada volta, um por um na minha linda máquina do tempo... ai que bom, que bom! Erasmus, Gent, Bélgica, a magia de Graslei e da bicicleta. Tempo, belas horas, todas com legendas, todas com culturas diferentes, todas especiais. Um dia, mais um dia, o carpe diem todos os dias!

Aqueles olhos azuis gigantes, os Hs a soarem a Rs dos espanhóis, o inglês intraduzível cantarolado dos italianos, o Sol e a praia artificial. Cerveja que acabava comigo, os 10kg mais felizes da minha vida, o contar os trocos a toda a hora, os comboios. Que tempo, que lindo tempo que me incendia e me faz vibrar de olhos cheios de saudades!
Liberdade, liberdade, eu tenho uma ânsia de liberdade, sei que sim, e quase que toquei com corpo e alma nela, que bom que foi... nunca presa ao chão, nunca presa a mim. Era eu e não o era, era tudo aquilo que queria ser, sem temer, liberdade sem certas responsabilidades, linda e perigosa também. Por isso não a desejo para mim, desejo senti-la quando o tempo me permite, e quando assim o é, mergulho e deixo-me ir, durante o tempo que o tempo o permitir. Não quero que voltes para trás tempo, quero que fiques comigo e me faças ser feliz sempre que me quiseres lembrar! 

         ... a música! 

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