Sabem a história da Margarida? Que vivia
ao pé da estrada e tentava semear flores no alcatrão? Era uma metáfora para a
vida, daquelas que se ensinam ainda nós pequenatos, ainda sem bem termos assimilado
a palavra metáfora para poder digerir sem problemas de maior um belo conto
sobre amor e construção de elos com os que amamos e nos rodeiam… que não
podemos assentar cimento no coração, ou seremos como o estrada, nada lá nasce.
E por outro lado não podemos esquecer aqueles que decidiram ser betumisonos, mas na berma hão-de crescer
flores por muito que a meteorologia não ajude, temos é de insistir um
bocadinho, sem no entanto sacrificar as nossas convicções.
Nessa história, Margarida vivia
sozinha e lançava sementes à rua, até um João ouvir a história dela: “Eu estou
a trabalhar com o vento que leva as sementes e as faz crescer com a chuva a uns
metros da estrada. Trabalho com os pássaros que vão assim tomando como alimento
e sabe que mais? Estou a trabalhar consigo, que vai levar esta minha mensagem
consigo no coração assim que eu morrer. Vai passar esta mensagem aos seus
filhos, e espero que eles saibam fazer o mesmo.”. Como ele já tinha idade de
perceber metáforas, certamente mudou o coração dele, porque na mesma história
Margarida morre e esse João “Seguiu a estrada, parou ao pé de uma lojita de
sementes, comprou um saquinho de sementes de Margaridas. Todos os dias, ao passar na estrada
lançava umas sementes de Margarida e começou ele a trabalhar contra o
desalento, a desilusão, a trabalhar o amor com Margaridas, com um sorriso de
quem sabe o que faz! Que Faz o melhor com o que está ao seu alcance!”.
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