quinta-feira, 19 de julho de 2012

down down down



É sempre na procura de um olhar na nossa direcção, de um sorriso com alma, de um tocar de leve que faz querer, faz qualquer coisa gritar dentro de nós.

Se a vida é 1 ou 2? Não acho que possamos definir nada como preto e branco, 1 ou 2., apesar de gostar da versão da metade da laranja, li um livro (a flor do sal) que me deixou a pensar assim, de uma maneira intensa e romântica. Mas do pensar ao gostar da ideia, não significa que possa realmente desejar essa perfeição, porque acho que ao longo do caminho vamos querendo algo mais real, porque vamos sentir que sim, o pai-natal não existe mesmo! A metade da laranja deixa de ser uma imposição e passa a ser uma ilusão. Se tivermos uns gomos dessa metade de laranja já não é mau de todo. Ao longe, ao perto, por aí. Ir sentido aqui e ali, acaba por nos ir entretendo. Receio um pouco o dia em que vou olhar para mim e ver que o entretimento de ter por perto já não chega. Aí tornar-me-ei menos eu? Pelo menos mais pequenina, por ter-me contentado com o aqui e ali e ter deixado o tempo tecer a vida.

É sim muito belo pensar que o que é nosso a nós pertence, mas se não matarmos uma borboleta como podemos esperar que na América do Norte um Tsunami possa corroborar a teoria do caos? Se não damos um passo por nós, como podemos esperar que alguém caminhe para nós?

Tenho um nó na cabeça? Tenho! Quero ser simples e não ansiar, relaxar e aproveitar o terreno ameno? Quero!

Pode ser a sociedade que nos encaminha para o ansiar por um mundo mais cor-de-rosa. O cinema, a música, todo um conspirar da natureza… sim doí-me a cabeça de medos, às vezes acontece e os medos vêm de dentro.


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