quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Abraham Lincoln

 Do you think we choose the times into which we are born? Or do we fit the times we are born into? 
Tinha duas opiniões sobre o filme: "má, saí a meio do filme" e "até gostei". Então reticente lá esperei que a dada altura o filme me desiludisse, me desse sono, me aborrecesse. Não aconteceu! Estive sempre compenetrada, deliciada pelo olhar dele sobre o mundo grotesco que o rodeava e do desapego dele ás trivialidades de uma guerra de poder. A política dele era mais limpa que alguma vez me passar pela cabeça. Deixou-me melhor de alguma forma.
A compass, I learned when I was surveying, it'll... it'll point you True North from where you're standing, but it's got no advice about the swamps and deserts and chasms that you'll encounter along the way. If in pursuit of your destination, you plunge ahead, heedless of obstacles, and achieve nothing more than to sink in a swamp... What's the use of knowing True North? 
E quando eu espera que o filme acabasse sem  me cortar o coração, eis que:
 It's time for me to go. But I would rather stay. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

nice weather for ducks

Perdi 2 pares de brincos, fiz cara feia, não dramatizei.
Perdi o meu mp3, estou de luto! Perdi músicas que nunca mais vou conseguir lembrar-lhes os títulos. Perdi muita coisa que não tinha cópia em lado nenhum!
Temo que vá perder a paciência, não tarda!
Ora onde andas bonança? Perdeste a noção do caminho de volta? Ai!
Raizparta a tempestade que não há forma de pairar sobre outras bandas!




quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Spotify #2

O meu Chefinho, na maioria dos dias é um fixe! Como ainda é relativamente novo (ser jovem e chefe em Portugal, não combina), deve andar a roçar os 37 anos, é assim dado a toda a toda a tecnologia Geek. Mas tem filhos, os que os filhos trazem? Algum atraso característico de quem tem menos tempo que os restantes, aqueles coordenados por ele.

Segurem-se bem! E para aqueles da blogoesfera que cederam ao chamamento da humanidade: Boa sorte!

Continuando, o meu chefe nunca chega on time sobre as ditas novas tecnologias, novos app ou outra coisa qualquer, tem sempre um delay de uns dias em relação a nós.

Aconteceu com o gangnam style, com o harlem shake e hoje, meus caros com o Spotify. Uma alegria contagiante elevou-o da cadeira, fez-lo questionar-nos sobre o nosso conhecimento do programa. Todos nós docilmente sorrimos e ele percebeu que ainda não foi desta que nos deu uma novidade.
Um de nós apontou-me o dedo e disse: "ela foi a portadora da novidade, na semana passada".

-Castigo! Vai para o castigo! Bieber já!
Ri-me e disse: «já vou... vou ouvir, prometo!».

Imaginem quando descobrir a nova Playstation, ui, irá ser momento épico. Não irei dizer nada sobre isto, ou ainda me manda jogar Nintendo de castigo, não era mau de todo!


Dear all, let's do it

"(...) don’t worry about losing. If it is right, it happens—The main thing is not to hurry. Nothing good gets away."



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Teorias sem filtro

Há teorias no ar. Há teorias, toda a gente tem teorias. Algumas amigas minhas têm a teoria que sou pragmática e sofro, sofrerei enquanto não o deixar de ser.

 "pragmático:
(grego pragmatikós, -ê, -ón, activo, hábil em negócios ou política)
adj.
1. Relativo à pragmática ou ao pragmatismo.
2. Que tem motivações relacionadas com a acção ou com a eficiência. = PRÁTICO
adj. s. m.
3. Que ou quem revela um sentido prático e sabe ou quer agir com eficácia."
 Não sei muito bem onde está o problema de ser activa e hábil, são boas coisas, as pessoas não gostam dos maiores, temos de ter sempre um handicap ou algo não está bem. Vá, mas sim, sou demasiado prática e muitas vezes bruta em prol da eficiência, seja de que tipo ou espécie ela seja.
O meu handicap para além do açúcar é a hipersensibilidade emocional, também conhecido por pieguice. 
E sim, não combinam, ser prático e piegas, mas o piegas está do outro lado do muro, no silêncio do quarto, não é visível a olho nu. Resultado: sou de extremos, isso assusta-me a mim, compreendo que nos outros seja aterrador. 

A outra teoria é que sou workhalic porque trabalho de mais e porque encaro tudo como uma tarefa. Sou compulsiva quando tenho tarefas.
"compulsivo 
(latim compulsus, -a, -um, particípio passado de compello, -ere, empurrar + -ivo)
adj.
1. Que compele ou é destinado a compelir.
2. Que não se consegue conter ou a que não se consegue resistir."
Esta teoria preocupa-me mais, indica que eu encaro tudo como uma tarefa. Indica que encaro a vida, as pessoas, e as situações como tarefas da cozinha ou do laboratório, e ainda, que executo de forma compulsiva.  Ora encarar como tarefa já é péssimo, ser compulsivo em relação a isso, pior, claro está.

Há perigos nestas nas teorias! Existem filtros que devem ser colocados quando alguém nos considera uma teoria. Comecemos por desconfiar quando alguém gosta de nos explicar. Caso a palavra teoria esteja na frase de abertura, filtrem porque vai dar merda, principiante se formos hipersensíveis. Mas isto sou só eu a dizer.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

afinal, parti um espelho e uma garrafa de azeite, não podia ser maior agoiro

A ironia, a tão afamada e poética ironia do destino é um doce. Eu decido ver Lo impossible e o filme começa com? (e façam-se ouvir os tambores no inconsciente de cada um) Com lindos, maravilhoso, românticos e uma série de adjectivos fofinhos: balões de ar quente! Soltei um riso seco sarcástico de: "toma lá que já almoçaste!".

Vi o filme, chorei baba e ranho e decidi que ainda não me apetece falar sobre Le 4th step
Só sei que me apetece culpar, de tudo e mais alguma coisa, eu mesma e nunca mais falar sobre o assunto! Parece-me um bom plano B ou um "getaway car" estacionado no fundo do meu subconsciente, com o motor ligado, prontinho para a fuga. Vá, os adultos não fogem, mas eu também nunca disse que queria ser um!

Afinal, parti um espelho e uma garrafa de azeite, não podia ser maior mau agoiro que uma combinação de dois gigantes, o que levou a minha amada Pi a deitar as mãos à cabeça. Temeu por mim, coitadinha, porque partir copos isso é coisa para iniciados, e coisa que eu faço com certa frequência. Agora, espelhos e azeite? Isso coloca-me num asian level do mau presságio...

Iria ter de quebrar em algum ponto, escondida no que não queria dizer, por isso não vejo onde está a surpresa de ser descompensada, até os grandes agoiros lançaram lenha para a fogueira, não fosse eu esbarrar-me com o equilíbrio.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

11 steps @ 4th, part 1

Decidida a passar pela esquina sem dar a mim mesma qualquer motivo para  me queimar nas labaredas e mais tarde cheirar a porco chamuscado, é imperativo que faça uma pausa para respirar fundo e voltar à detox e onde fiquei com ela.

Então, lancei-me à pesquisa sobre o quarto passo e enquanto o lia ia tendo a certeza que ia gostar muito pouco do que seguia:

«O Quarto Passo representa nosso esforço enérgico e meticuloso para descobrir quais foram, e são, esses obstáculos em cada um de nós. Queremos descobrir exactamente como, quando e onde nossos desejos naturais nos deformaram. Queremos olhar de frente a infelicidade que isto causou aos outros e a nós mesmos

.
.
.
(pufff só me apetece ganir, que ruindade de assunto!)

Então vou ali ver Lo Imposible e já venho, pode ser que o filme me abra os olhinhos para os desejos naturais que me deformaram e a infelicidade que causei no Ele com todo o meu drama. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Brace yourself

Brace youself,

                       Spotify* chegou a todas estas sardas que envolvem toda esta Freckles.
Gosto, recomendo. Agradece a dica, na falta de um locutor de carne e osso tenha um ET verdinho só para si. 
Eu já tenho um, só meu, como quem diz, qualquer um o pode ter! Vá, lancem-se a ele como eu ainda não tive tempo de o fazer, mas irei! 

* o spotify magnificamente Prt Sc por mim é meu, mas com a lista de um alguém que não conheço, mas agrada-me.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

I just ride

Qual deve ser a história a ser escrita, desenhada? No meio de tanto "ser ou não ser?", qual queremos contar? Qual queremos viver? 

É assim, no virar da esquina está sempre a porta, a janela, a luz ao fundo do túnel, as chamas do fogo do inferno. Dependendo das expectativas, da moral que se carrega, das aspirações que se aspiram, do estigmatismo, miopia ou cegueira mesmo. O que se pretende: as coisas assumem formas, formatos, silhuetas e significados diferentes, é ao gosto do freguês. 

Quando olhei a esquina ao longe parecia-me uma janela, um saltinho, um pular a cerca: fun Freckles, fun! Continuo a caminhar e a esquina mira-me, vai se mostrando, insinuando e daqui parecem-me já labaredas enormes. No fim pode ser um fósforo, mas o detector, o alarme, está inquieto, vai-se fazendo sentir aquando dos movimentos da esquina. 

A questão do "ser ou não ser", do "querer ou não querer", do "porquê e para quê" são constantes. A variável independente sou eu, a incógnita é sempre aquilo que depreendemos que não conhecemos, a esquina portanto.... talvez sejam mesmo labaredas, chamas, o verdadeiro fogo do inferno que no inverno sabem-me a farturas em festas de santos populares!


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

filho de peixe

As pessoas têm todas uma opinião unânime sobre mim, pelo menos aquelas que trabalham comigo: "falas sozinha, sabias?".
Sim, sim, sim e sim! Sei sim, falo sozinha. E?
Se vocês soubessem! 
Estou eu aqui a roer as unhas enquanto o meu Braga joga no estádio AXA, como estou doente fiquei em casa. O meu Braga perde 2-3 com o Paços e ao meu lado está a senhora minha mãe Pi. 
Ela só não fala sozinha, como comenta, ri do que diz, fala com os jogadores, o árbitro, o Peseiro e ainda diz em voz alta coisas que vão decorrendo no jogo, constatações dela: "canto" ou "o arbitro já marcou falta, o filho da mãe, o côdeas...  Não há falta nenhuma... Pronto, e eles a dar-lhe" ou "ó Viana, ó Viana, pára, pára!".
E não tem fim este monólogo dela. Porque é monólogo se eu estou aqui ao ladinho dela? Porque eu não respondo, ou da minha boca sairia um: CALA-TE! Como é a senhora minha mãe, pronto, vou roendo as unhas.


Será que os outros desejam com a mesma força mandar-me calar, lá no laboratório? É bem provável! Boa sorte, vão roendo as unhas!

Filho de peixe, neste caso de Pi..


domingo, 10 de fevereiro de 2013

gripe 1 - Freckles 0

Já não me lembro da última vez que a febre, a tosse seca e as dores no corpo, levarem a melhor sobre mim. Quando a gripe ameaça este corpo eu adopto os químicos como grandes amigos e elimino tal hipótese. 
Desta vez nada fui capaz de fazer. Depois de uma semana louca de trabalho, alguns altos e baixos emocionais, porque quarta fui ao Porto ver os meu dois compinchas, quinta foi dia 7 e sexta o jantar Guiness que, tudo junto, desencadeou em mim um bocadinho de hipocrisia, culpa e vergonha.

Voltando ao Porto, fui jantar com o Canibinha e o MD. Vê-los trouxe toda aquela alegria que me põe em êxtase, sou a Freckles apaparicada pelos dois maiores cromos que eu conheço. São eles os grandes responsáveis por muitas alegrias, o MD responsável por muitas lágrimas. As tristezas que o MD causou agora estão no passado. Agora ele e o Canibinha fazem-me rir, divertem-me muito. O MD tem conversa de personagem de novela brasileira, bem ao gosto dele, enquanto que o Canibinha tem perfil para ser um Adolfo Luxuria Canibal. No fim do jantar MD tenta seduzir a Freckles, mas desta vez ela diz-lhe que não. Por muito que aprecie e lhe estimule o ego, Freckles conhece-o e sabe que ele é louco pela Inês dele e eu sou o a personagem da novela brasileira que no fim o chama de cafajeste. Querido MD não obrigada!
Rir? Ri muito e vim embora feliz.

Passando o 7 à frente e a sexta também, apanhei uma grande gripe que me pôs na cama a penar por energia, apetite e menos calor. 

No meio de tanto descanso forçado perdi o jantar da SA e dos seus quase 30, perdi o Carnaval dos meus pais e ganhei uma tarde a ver baby first e a sentir-me uma pista viva de carrinhos de brincar, da qual o meu sobrinho usou sem me deixar mudar de canal, afinal: "a titi um pode bê tebisson, ta uente".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

o mundo girou exactamente um mês

Passou-se um mês, passou entre silêncios, mais do que aqueles críticos 3 dias. Passaram semanas. 
O mundo na verdade não parou, não para porque levaste um pontapé, ou porque não entendes o mundo.
O mundo continua na cena dele que é girar.

Então, um mês depois, a girar com o mundo, tenho a mera impressão que Ela não mudou nada. Talvez esteja mais séptica em relação aos outros.
Na realidade sempre que caímos e para nos levantarmos precisamos de ajuda, da mão que faz o primeiro movimento de força, depois de estarmos de pé de frente para quem nos puxou, de frente para o mundo que continua a girar, andamos mais cuidadosos, confiamos menos no passeio e passamos a olhar antes de atravessar a passadeira. 

Hoje a dona da mão faz anos, exactamente, um mês depois do Ele fazer. Um mês em que o mundo continuou a girar, mesmo depois de eu ter criado um balão em papel de seda, um não vários até, para que um único pudesse servir de prenda de aniversário. 

A ideia era compensar o facto de Ele não ter pedido um desejo com a passagem de ano e, Ela, génio da lâmpada e mordida pelo mosquito dedicação,  com o balão e um pequeno papel pendurado com o desejo, pretendia preencher a lacuna. O balão ia subindo pelo céu, enquanto que eles no chão e de narizes de palhaço, o iriam ver subir. Lógico que o mundo gira e tá-se a cagar para o romantismo, o mundo e as pessoas em geral estão demasiado centradas nelas e quando têm alguma coisa agradável entre mãos escolhem deixar cair, empurrar e virar costas. Claro que isto é a imagem dramática que ficou, e provavelmente fiz a maior tempestade que podia caber num copo de água. Provavelmente criei a maior confusão e ilusão que alguma vez coube no meu cérebro de Julieta, mas foi a que ficou.

Então como doeu mais que alguma vez poderia ter imaginado ao ponto de eu contar os dias, ainda trago alguma mágoa que certamente o girar do mundo irá dissipar. Voltei a cantar pelos corredores e ás piadas secas como antes, o mundo girou e atenuou, ensinou e obrigou-me a girar com ele, a desligar a grafonola.
Afinal ela nunca esteve a tocar para os dois, só tocou para mim. O que ainda me me intriga é porque Ele a decidiu ligar se não pretendia ficar para ouvir?
Retórico, portanto.

  I submit my incentive is romance but, this is a wasteland now!




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

12 steps @ 3rd, que passarão a 11 steps num próximo capítulo

Hoje não foi fácil. A segunda-feira rareia em todo o extenso conceito de "fácil". Acordar não é fácil. Querer dar passos em direcção à casa de banho não é fácil, mesmo quando a bexiga ameaça fazer chover. Escolher trapos que nos deixem mais bem dispostos porque é segunda-feira, não é fácil. Tomar o pequeno-almoço é fácil, digo que comer é sempre fácil, nunca me custa nada.

Depois chego ao antro de excelência e penso: "não vai ser fácil". Verifica-se, não foi fácil. Uma manhã terrível em microclima desenhado para as células estarem confortáveis  felizes e fortes, mesmo que os investigadores estejam: suados, com dores de cabeça e com ansiedade de sair dali, sempre à flor da pele. Depois almoça-se. Fácil. Volta-se à parte difícil, fazer uma imuno, chata e dolorosa e nada fácil. Vou assobiando, cantando "onde é que eu hei-de" ao estilo Odisseia , tentando enganar o facto de as vezes não gostar do que faço.

Chego ao lar e lembro-me que estou em fase de detox e que aceitar já está aceite, que posso fazer para além de anuir a incongruência de não poder fazer nada mais que isto, neste processo.

Sim, não é fácil e mais uma vez se verifica. Falta saber o que fazer com o que aceitei no 1º passo. Falta saber para onde é que eu hei-de com o "Ele não gosta da Ela" sem me fazer sentir apática. Então fui ler o passo 3, uma vez que no passo dois decidi ser eu o Ser Superior a quem me devo agarrar.

Por mais que perceba o que o passo 3 é um extensão do dois para mostrar que se crê realmente no Ser superior, não sinto que vem acrescentar muito, na realidade, parece-me que deviam ser 11 passo, mas isso sou eu a dizer.

"(...) a eficácia de todo programa dependerá de quão bem e sinceramente tenhamos tentado chegar à decisão de "entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados do Ser Superior , na forma em que O concebíamos" ."

Eu queria controlar este trilho a quem a Amália chamou fado mas os 12 passos sugerem o Ser Superior e eu começo a ficar na dúvida. Ando aqui de redundância em redundância.

No entanto declaro aqui que a minha detox tem 11 passos. Os passos 2 e 3, aqui, são submetidos a uma fusão. Aqui declaro que não é fácil e declaro também que pretendo ter o poder de decisão nas minhas vontades, de modo a tornar-me uma "Ela sem Ele" com final feliz, mas mais uma vez: Não será fácil.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sundays, ás vezes não são dias de sol

Há muita coisa que me faz querer ser estudante, mas há muito mais que me faz ter a certeza que não quero  lá voltar. A maioria são os recalcamentos emocionais, que como ainda estão debaixo da sola dos sapatos do traje, muitos por resolver, nem me atrevo a lembra-los, por isso é que estão guardados num canto da garagem, sozinhos.

Isto de ser estudante vem na onda de Dias de Sol não serem dias de sol, serem dias de trabalho. 
Trabalhar ao domingo faz-me sempre lembrar-me que estudar tinha um peso extra ao domingo, um peso muito desagradável, então ao sábado, nunca o consegui levantar! Era pesado de mais. Tinha e tenho um bicho papão que come e comia, de boca cheia, todas as minhas tentativas, vontades e obrigações de ter de trabalhar ao fim de semana, nos dias de hoje, ou estudar no fim de semana, nos dias que passaram.

Faço lá, naquela ilha Check in e Check out, todos os dias, o primeiro pela manhã e o segundo no fim do dia. Aí o meu cérebro enclausura obrigações laborais e luta arduamente contra o trabalho extra. Não sou preguiçosa, sou respeitadora do que o meu pai me ensinou: "Trabalha para viveres, nunca vivas para trabalhar". Fiel a essa e outra teorias dele, pelo menos aquelas que me agradam, tento cumprir. Ora se o trabalho é excessivamente extenso para as 8 horinhas de trabalho diário, ora, estico-me e faço o check out quando der, até o segurança me pôr fora do edifício. Agora, se eu decido que faço check out, dei por terminada a sessão e não há mais nada que eu possa fazer, o enclausuramento começa e tudo está perdido, pelo menos para o trabalho que tinha de ser feito. 

Hoje, dia fatídico dessa máxima de trabalhar para viver, estou a preparar um atentado aos vastos muros que aprisionam a minha vontade de trabalhar. Vou liberta-la e acabar as milestones do QREN de modo a agradar ao meu chefe. Diga-se que vou desagradar-me a mim, profundamente, ainda mais porque ele geriu deficientemente os prazos e eu, bolseira-ó-escrava é que pago.

In-in-in-vasão! In-in-in-vasão! In-in-in-vasão! 


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

12 steps @ 2nd

Digamos que o primeiro está interiorizado e no seguimento do percursinho que é a vida, lá temos de mentalizar, sossegar aspirações e proferir "não Freckles, não!" todas as vezes que o grilo falante tenta meter óleo na fervura, em vez de água.

O mais difícil é ganhar rotinas amigas da minha pessoa, ocupações e acima de tudo, manter a estrutura do que se tinha, antes ou depois do sucedido. Oscilei muito sobre me manter no contemporâneo, o porquê não o sei. Eu gosto, e tirando uma ou outra vez que a frustração de ser desajeitada me apanha na curva de um ou outro movimento, não é motivo suficientemente forte para parar de praticar. Mas no entanto paira sobre mim, ainda, o parar e a preguiça, que basicamente se abate todas as vezes que tenho de sair para rumar à aula. A Raçuda e a Teorias fazem força para me manterem lá e dar o corpo às balas. Eu gosto delas, muito até, confesso, e não quero deixa-las. Vou dar ouvidos e manter-me enquanto a preguiça não me vencer, a mim e a elas.

Assim, o segundo passo fala num Poder Superior e eu, pessoa dada à espiritualidade, vejo-me a reprimi-lo. Não porque não acredite ou não abrace o Ser Superior, mas porque acredito muito no ser cá da terra. Em nós, naquilo que fazemos e queremos. Acredito que de sinapse em sinapse as coisas acabam por se dar.

Então do passo 2 tiro que o Ser Superior a que devo me agarrar para a detox, sou eu,  não menosprezando nada nem ninguém, mas porque só quando atingir o síndrome de Pascal, acho que foi assim que me explicaram um dia, que atingimos ao auge de nós e depois, vamos decaindo, quase como o Urânio. Quando atingir esse pico de loucura, aí o Ser Superior terá de me pagar os trabalhos que desenvolvo aos sábados à tarde.

It's a Kind of magic!