sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Suis-moi

É Natal... E ás vezes acho que não é transversal. Não trespassa o coração de todos. E é estranho. Quem não quer mais um motivo para ser estupidamente feliz, só porque sim!? Eu, eu, eu!
Vemos e sentimos cada pedacinho do Espírito de Natal de uma forma bem enraizada naquilo que somos e como vivemos. Esquecemo-nos de aproveitar o melhor que temos na nossa vida, os outros e a felicidade que existe entre nós.
Temos quem viva o Natal de óculos escuros. Só para parecer mais negro do que é. O Natal de quem se recusa a saber o que é Espírito, quanto mais de Natal. Temos os que vestem o  Natal de comida e bebida. Há quem aproveite a quadra para se sentir miserável pelo infortúnio próprio, ou do mundo... mais próprio, mas porque Natal não é egoísmo, apontamos para o mundo.
Para muitos é família e ajuntamentos. Jantares, troca de prendas e risos. Laços, muito laços! Não só de embrulhos. A cada laço de embrulho rasgado, lá no nosso coração um laço de amor é criado. Pequenino o suficiente para a azafama de Natal o tapar no meio de tanto embrulho.
O Menino Jesus, o Pinheiro e as Luzes são sinal de renascimento. Da luz pequena que brilha em nós a cada dia que nasce. E nós perdidos no stress e no meio de tanta correria deixamos que brilhe pouco.
Por isso, penso muito no que é para mim! E porque me aflige trombas e discussões no Natal.
Porque para mim Natal é música! É cantarolar e bater o pé. Saltinhos e rodopios ao som da música imaginária na minha cabeça! A vida é tão bela com a banda sonora certa!
É alegria de fazer rir os sisudos. É abraços de Natal, quentinhos e apertados.
É ver as pessoas a tentarem serem melhores, nem que seja de 24 a 25, suportarem-se pelos outros. Estão lá a tentar, a procurar no meio das folhas dos presentes a vontade de ser Humano. Bom.
Natal é aproveitar o amor que temos pelos outros e mostrar que queremos saber deles. Que os conhecemos. E não há nada melhor do que nos sentirmos verdadeiramente 'lidos'.
Natal é tudo que um Homem quiser. E eu acho que temos de querer ser Mais! Suis-moi!!!

"There are a few things in life we can’t ignore…
The pursuit of love
A longing to connect
The inevitability of death
And the ever so abundant reality of choice.

Each and every day
We choose what to wear, what to eat, what to ignore…
And what to see.

As creatives, we’ve decided to occupy ourselves, not so much with what we see…
But rather how we see

How we notice the every day
How we approach beauty
How we recognize the absurd
And how we look for the forgotten.

All in all, here’s what we know to be true:
We see the world differently.

We understand design changes our experience.
We know stories shape us.
That wonder awakens us.
And the only way that tomorrow will be better than today…
Is if we help others see possibility more clearly.

And this is why we make creative matter.

This is who we are. This is what we do. This is our story."

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Have yourself a merry little Christmas

A verdade é que quanto menos tempo menos escolhas. Menos 'ses'. Menos tu e eu. Menos ambos. Menos suspiros. Mais unhas ruídas. Mais dores de costas. Mais cansaço. Mais pessoas. Mas menos pensamentos estúpidos. Menos só. 
No Natal corro sempre muito. São os fatos de Natal dos pequenos e a festa. As compras. As crianças e e os jantares. Estou sempre sobrecarregada. Fico zangada. Insegura. 
Estou um pouco só... Estou no Natal.
Uma cambada de gente que me consome a paciência. Sonhos estranhos com o I. que me deixaram desconfortável. Um pouco desiludida com o A. Cansada da luta do J. De remar para lado algum com o gmp. Sinto-me calada. Com medo de Espanha. Com medo de ficar com tempo. Vou ficar sem o Ballet, sem o Jazz, sem o folclore, sem as músicas velhinhas. Sem o pai e a mãe, sem a S e a B. Vou ficar longe. Vou gramar com viagens de comboio ou com um volante na mão e o rabo quadrado. Vou ter de falar Portunhol e cozinhar todos os dias. Vou ter tempo para mim. Vou recomeçar tudo outra vez.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A Bela Adormecida

Nunca foi o meu tipo de princesa. Sempre choquita, menina dos papás, de rodopiar sobre si com o mundo ganho a seus pés. Mas bem, era uma princesa e eu sei a história dela. Foi o meu primeiro filme no cinema e por coincidência ou não, o meu primeiro espectáculo de ballet.
Não foi um mau presente. Pelo contrário. Foi um presente bonito e pensado. Juro que gostei. Dois bilhetes caros para um espectáculo de Ballet no Coliseu do Porto. Que pinta! 

Ardeu-me um pouco na palma da mão assim que o recebi. Eram dois bilhetes. Teria de levar alguém. Alguém com mais de 25 anos e menos de 40. Homem, hetero e que eu quisesse guarda-lo para mim. Diziam elas divertidas. Acrescentaram que não podia ser meu familiar. E que o tempo urgia. Sorri. Queimei alguns sorrisos meus, interiores. Não tinha ninguém para o bilhete. E em dois meses não iria desencantar ninguém. Era certo. Tão certo que não arranjei. A verdade que do 10 de Outubro até sábado passado, os bilhetes queimavam-me na mão. Causavam-me desconforto e não sabia como resolver aquilo. Convidei o J. Sabia que ia levar o 'não posso'. Era o único que gostava de ter levado. Não dava. A vida separou-nos fisicamente há muito tempo. Mas se era o único que queria levar... bem, foi o único a quem perguntei se queria o bilhete. Remoí mais uns dias aquilo. Senti saudades do R. De certeza que iria comigo. Arrastei "o que fazer com os bilhetes" até não poder mais. No fim-de-semana anterior pensei em convidar o I. Mas sabia que podia passar a mensagem errada. E isso não é bonito. Usar pessoas para não me sentir só, não é uma coisa que eu pratique ou aceite.
Decidi levar a minha sobrinha. Adolescente, 13 anos. Calada! Fã dos One Direction, Youtubers e Minecraft
Correu bem, foi uma óptima companhia! Não estava à espera. Quase como o pai dela. Fala pouco mas o certo. Faz companhia sem cansar. Não me custou nada passar o tempo com ela. Foi smooth e alegre. 
Só não apagou o sentimento que sou incapacitada de levar uma vida 'normal' para uma mulher de trinta anos. Sou tosca. Um pouco sozinha. Não sei emparelhar com ninguém do sexo oposto. Sou analfabeta na linguagem do amor. 
Mas mostrou-me que tenho sempre alguém que me sorria e me dê a mão. 
No final do dia, fui singelamente feliz. 
Continuo na paz da minha caminhada. 
Porém, detesto cada vez mais a Bela Adormecida, que entrave ao meu (des)equilibrado jogo de emoções.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Bridget Jones

Eu juro que a minha vida dava uma "comédia-pós-romântica". De baile. Com banda sonora. Com lágrimas. Sem final feliz previsto. Com concertinas e violinos. De final indefinido ou indeferido. Com muitas temporadas de correrias e amigos.
Podia ser a Bridget Jones (não sei se já o disse em voz alta), mas magra... de resto igual! 
Problemas de auto-estima: check; maratonas no sofá rodeada de comida: check; dificuldades em ter relacionamentos, também confere; tendência para quedas em sítios públicos: check; falta de filtro: todos os dias. As nossas vidas se cruzam  na estupidez de cada coisa.
Podia começar a contar a história da fotografia do primeiro dia de escola. A camisola do avesso. A saia de xadrez vermelha. As meias-calças amarelas. E o belo do sapato de verniz azul. Isto porque decidi que a roupa que a minha mãe escolhera no dia anterior não era bem aquilo que eu queria. Eu queria ter Swag.

Depois passar pelo meu primeiro beijo, aos 9 anos. Foi junto à fonte da aldeia. Um loirinho da turma agarrou-me e deu-me um beijo à força. Chorei e corri em círculos muito tempo. Quando me cansei, lavei muito a boca na água da fonte, com força. Esfreguei até sair. Depois passei um quilo de bâton do cieiro para me curar daquela doença. O meu irmão João riu-se daquilo durante anos. Sim! Contaram-lhe na escola. Ainda hoje solta uma gargalhada forte quando se lembra disto. 

Depois foram anos de escola básica, onde bati num menino com o guarda-chuva porque me disse que eu era feia. Juro que não era.  No 9º ano, na viagem de finalistas, mostrei a mama esquerda. Quis mostrar aos meus amigos que o pijama era largo. Num movimento decidido, levantei a camisola (demasiado) e para além da zona da cintura, mostrei a mama. Chorei mil lágrimas. No dia que voltei à escola toda a gente sabia. Havia fotos de rapazes a imitar o meu gesto nos painéis da escola, junto ao bar. Os meus amigos contam e revivem este momento único em todos os jantares de natal. Foi épico para eles. Sou a fornecedora de alegria mais fofa que eles conhecem.

No 11ºano estatelei-me de amores pelo meu coleguinha da carteira de trás. Trocamos músicas e longas conversas e ele trocou-me pela vizinha dele. Chumbei a matemática, com uma dor de pescoço como brinde, de tanto olhar para ele na carteira de trás. Seguiu-se um regime de silêncio e rock deprimente, a reviver músicas que ele me tinha mostrado.
Veio a universidade e um namorado engraçado, que me fazia rir do chão à lua. O mais engraçado foi que me pediu em namoro, a mim e à namorada dele (4 anos antes). Um piadolas. Seguiu-se um regime de lágrimas e rock deprimente. 

Fui de Erasmus. Rios de palhaçadas e alegrias. Cheguei a ser hospedeira de bordo em diversas bebedeiras. 
Curei de amores estúpidos com álcool e pasta. Voltei.

Enverguei pela ciência. A maior comédia de sempre. Voltei ao rock deprimente. 
Fiz uma roadtrip com amigas pela Europa. Conheci um bartender que ainda hoje me manda email e acha que vai casar comigo... Diz que vai comprar um terreno em Portugal. Quer viver no campo. Socorro!

Namorei com um laranja que gostava demasiado de jesuítas. Levei um chuto tão grande que a minha barriga colou-se às costas e perdi 10 quilos. 
Juntei-me ao folclore. A comédia. Pessoas que tornam a minha vida num video hilário da "Porta dos fundos". Zero amores. Mil risos.

Organizei o congresso e contracenei numa comédia negra. Fui demasiado rock star. Gostei. Senti-me na primária com a roupa aleatória que não combinava. Swag! Mas.. muita uva, pouca parra.
Depois vieram os casamentos que não fui convidada. Poré, fui notificada para apadrinhar as despedidas de solteiro. Mixórdia de temáticas. 

Ainda tive tempo de  ir aos Açores levar um pontapé no cu da amizade de décadas. Afinal quando se namora não se tem amigas, aprendi uma lição, sem anel de rubi.
Pelo menos ficou claro que levar pontapés no cu é transversal... não se fica por portugal continental, também se estende às ilhas... e ainda bem, detesto limitações no que toca a pontapés. 

Mais uma voltinha na comédia das comédias: o TP disse que me viu numa praia. A mais louca frase de engate que ouvi até hoje. 
Vou andando louca entre homens mal resolvidos e uma neblina de coisas que não entendo.
Acho que a Bridget Jones está grávida... Os loucos estão certos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Volta!

Preciso que voltes. Que venhas comigo a concertos. Preciso de ti e da tua companhia. Não precisamos de trocar segredos. Só se quisermos. Tenho saudades de te ver. E tenho dois convites para o Ballet e sei que virias comigo e irias gostar. Porque és como eu. Gosta do mundo e de tudo que ele tem para oferecer. Quero que voltes. Eu sei que não gosto da maneira fria e racional como vês as pessoas. Que tudo seja um jogo de Xadrez. Não gosto de jogos com peões. Mas gosto da tua companhia. Do teu gosto moldável. Gosto da maneira de como sou tua amiga. Fácil, sem jogos de pões. Sem isso de querer agradar, impressionar, de ficar derretida ou pequena. 

Sei que estou meia apaixonada pelo que não é possível. Sempre. É uma condição de ser-se Eu. A indecisa e a apaixonada por desatinos... Tu sabes que sou assim.. E não faz mal, eu sei que não. Eu sei. Eu sei que me vês mais clara que outros.
Juro que não sei porque o deixo falar-me. Porque o deixo saber de mim. Não é um bom caminho.
Por isso volta. Sei que ter-te como amigo faz-me bem. Volta. Tu fazes parte do meu bom destino.

domingo, 16 de outubro de 2016

J'y Suis Jamais Alle

Passaram muitos dias. Talvez uma série deles tenham memórias rotineiras que os fazem ser apenas um entre muitos. Outros vão ficar sempre.
Contemplei em São Miguel a vastidão imensa de um oceano. De cima, quase das nuvens. Senti-me pequena. Leve. Como se a responsabilidade de grandes feitos não fosse minha. Só uma gota daquele oceano imenso que é o Mundo. A tranquilidade que advém é pacificadora. Nada devo a ninguém. Nem a mim mesma. Eu sou inteira naquilo que vivo.

Sou a mais pequena de todas as aspirações que tenho. Aspiro ser maior esquecendo-me que sou eu quem me realiza, e não o girar da terra sobre o sol. E olhar aquele céu tão perto, aquele mar perigoso e vasto, sentir suavidade do ar quente do sol, fez-me sentir uma doçura estranha. Cresci ali. Sentei-me numa outra escada, mais alta e quente. 
Na semana seguinte vieram os 30. Com alguma ansiedade que foi tão suavizada por as mais inesperadas pessoas. Que me levaram a um mergulho numa emoção que eu não contava. Acho que nunca dei abraços tão sentidos. 
Acho que a minha vida corre como um cavalo selvagem, alto, esbelto e livre. Que corre de crinas ao vento entre o verde da terra e o azul do céu. Corre em dias húmidos de lama e em dias em que o sol brilha tanto numa liberdade fresca. 
Corro livre. 


https://www.youtube.com/watch?v=VhHVf03Cx4Y

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

I heard all you said and I took it to heart

O Porto nunca foi bonito para mim. Não foi um sítio de muitos amigos. Foram cinco anos. Se pensar neles, foram anos um pouco cinzentos, como a própria cidade. Houve muitas alegrias, risadas longas, muitos sonhos... Houve más escolhas. Fins terríveis. Laços quebrados e mal resolvidos. Enquanto ouço o Jogo, balanço o corpo nas memórias. Uma R muito afastada do que é hoje. Sou quase outra pessoa com outro nome. Com outros olhos. Com outros ouvidos. Com um outro coração. Foram cinco anos. Um mão cheia de amigos. Duas minhas pessoas. Um namorei-o. O outro admirei-o. Ambos, juntos, faziam-me rir daqui à lua. Um deles fez-me chorar uma banheira. Esse casou na semana passada. O outro casa este sábado. O primeiro ligou-me a convidar para a despedida de solteiro, numa espécie de última sedução. O segundo ligou-me agora. Num discurso com um bocadinho de emoção e mágoa dizia que ia casar! E que sempre fui amiga dele. A única. Pedia-me desculpa por um convite que não entregou. Não sabia porquê. Mas sentia necessidade de me dizer... queria casar com o meu sim de satisfação por ele... mesmo que seja já este sábado (sem convite):"Foste minha amiga de verdade". Eu balbuciei frases soltas de parabéns. Fiquei contente. Gostava de ter sabido articular um discurso. Mas fiquei baralhada, surpreendida, contente e triste. Desliguei com a ideia de que podemos marcar um jantar todos juntos num futuro próximo. Desliguei a saber que não iria acontecer. Vim sentar-me e sinto-me dormente. A querer encostar-me e chorar um pouquinho. Fazer um draminha no copo de água. Dizer que não entendo. Que não percebo. Que estou num filme qualquer a levar chapadas à tanto tempo que já nem sei qual é o meu lugar. Não sei o que fazer com isto. Se o digo em voz alta talvez chore e ninguém perceba por quem são estas lágrimas. Acho que seriam por mim. Pela vida estranha que tenho. Fecho os olhos, quentes. Apetece-me sacudir isto e seguir. Como um outro dia qualquer. Inventar um mundo mágico. E deixar a realidade para amanhã. Só sei que nada sei.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Será que Vénus está mal colocado?

Eu sei que dou muito e isso é assustador. Sei que também é por isso que fico sempre bem na fotografia. Sei que tenho uma opinião vincada e muito dura. Sei que tenho pulso firme e que nem sempre é bem aceite. E sei que muitas vezes só eu é que sei brincar. Quando os outros o fazem é porque são ridículos. Depois penso duas vezes e sei que fui prepotente e pouco humilde.

Sei isso tudo. Juro. Tento melhorar também, Não é fácil.
E sei que quando me desvalorizam ou desdenham o que eu tento fazer bem, deixo ficar tudo às escuras. Fecho a porta e não volto a entrar com a mesma vontade. Encolho os ombros e deixo de querer disciplinar ou fazer porque gosto. Sou assim, de extremos tão duros, que até a mim me pesam.

Baixo os braços como os pequenos. Amuada. Chateada comigo.
Acho que só o E. é que acredita. Em signos. Mas às penso no que ele me dizia: ser balança em balança é o terror! Era uma boa desculpa. Simples. Queria muito usar. Mas não vai dar (fica a dica):

Balança com ascendente em balança: Tem as suas qualidades e defeitos acentuados: aumentam a sociabilidade, a indecisão, o senso artístico e a sensibilidade. Se Vénus, regente do signo, estiver mal colocado, teremos o tipo ambicioso e egocêntrico. O tipo superior é honesto, passional, idealista e trabalhador, e quer se casar por amor.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

She's out in deep water. Hope he's a good swimmer

Vieram num pé e foram noutro. Foram férias. Boas! Com amigos, cada vez mais dentro do meu coração.
13 dias passaram e sabem-me a um mês inteiro. Menos de um mês para nascer a clara do ovo e para eu fazer 30. Estou nervosa. Nervosa é uma palavra muito forte. Mas, apesar de querer beijinhos e abraços por existir mais um ano de aventuras... sinto-me "desenturmada"... que já havia de estar noutra fase. Talvez mais madura e tranquila como todas as trintonas que conheço.
Mas não. Não estou! E de alguma forma este sentimento atormenta-me. Tanto canto como desencanto. Estou incerta como o tempo. Não queria ficar velha aos olhos dos outros: Eia, trinta?! (surpresa!!) Queria ter 20. OS 30 são os novos 20, da boca para fora. Acho! Mas juro que queria... e lá no fundo não queria ter de me reinventar "all over again".
Tenho um prato da balança desequilibrado, raios!
No fim do dia durmo tranquila... é sinal que estou no lado bom da luz, num mundo às escuras. Quero continuar as minhas aventuras sem o lápis azul da idade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

daqui a 10 anos

Daqui a 10 anos terei 39 anos, dez meses e dez dias. Terei mais rugas. Mais histórias para contar. Mais sardas e quem sabe, cabelos brancos.
Estarei com um pé nos quarenta e a cabeça nos 30. A dez meses e dez dias dos 30 sei que tenho a cabeça nos 20 e o dedo "grande" nos 30. 
Daqui a 10 anos quero lembrar-me disto. De ser uma doida com vontade de sorrir pelos meus excêntricos 29 anos. 
Nem tudo foram rosas, mas os dias foram coloridos como as flores do campo. Foram dóceis e alegres. Ganhei pessoas. Não perdi. É assustador dizer que estes 10 meses e 10 dias foram sem baixas. Não perdi! Foi sempre a amealhar moedinhas da felicidade. Sou um tio Patinhas de sorrisos. Quero lembrar-me do peso pesado que são as normas da sociedade. Mas mais ainda quero lembrar-me como sou halterofilista robusta, e que carreguei o peso sem estrebuchar muito. Que não cedi à pressão. Que não me lamentei. Que sorri e fiz manguitos mentais a quem me chateou com estas ideias malucas de sermos todos iguais, casados e com filhos. 

Tenho sabido ser eu no meio do que é ter hormonas. Tenho sabido ser eu no meio que é pequenino. Tenho sabido ser eu: da ciência à religião, do jazz ao folclore, dos amigos à família. Tenho sabido ser eu quando sonho acordada. 
Daqui a 10 anos espero saber dormir como soube nestes últimos 10 meses e 10 dias: como um "passarinho morto". Tenho sabido ser eu, tirana.

Que é da tua tirania
Tró laró laró laró
Que é das tuas falas doces
Oh Rosa tirana
Que me deves algum dia
Tró laró laró laró
*
Rosa tirana
Que é da tua tirania
Tró laró laró laró
Que é dos teus ternos olhares
Oh Rosa tirana
Que é da tua tirania
Tró laró laró laró
*
Anda cá pérola fina
Ó Rosa Tirana
Que o meu peito desejava
Tró laró laró laró
Ainda não eras nascida 
Ó Rosa Tirana
Já o meu coração te amava
Tró laró laró laró
*
Quando Digo que te amo
Ó Rosa Tirana
Julgas que eu te minto
Tró laró laró laró
*
As mágoas que por ti sofro
Ó Rosa Tirana
Deus a sabe e eu as sinto
Tró laró laró laró
*
Tudo que é triste no mundo
Ó Rosa Tirana
Tomara que fosse meu
Tró laró laró laró
*
Para ver se tudo junto
Ó Rosa Tirana
Era mais triste que eu

terça-feira, 12 de julho de 2016

É talvez a ventania que há dentro de mim

Quando não queremos muito uma coisa fechamos os olhos com eles abertos. Lemos na diagonal o que deveria ser lido a direito. Marcamos e preenchemos a vida a achar que o fazemos inconscientemente. Depois, aparece na nossa frente. De repente abrimos os olhos. Os que estavam fechados. E sobe a indignação. Como se quiséssemos culpar os outros. E lá no fundo e em segredo, sabemos que é nossa culpa. Mas não há culpa certa, porque no fundo só queríamos essa desculpa para invocar a nossa vontade. Aquilo que era a nossa vontade pode agora ser possível. Não é preciso tanta coragem assim. Podemos sair de fininho sem parecer que era a nossa intenção. Porque, "Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim!" (Balada de Neve, Augusto Gil)

quarta-feira, 22 de junho de 2016

esquisitice, estranhez, bizarria, singularidade, extravagância, excentricidade, originalidade.

Quando a vida nos faz cruzar com a mais aleatória das pessoas. 
Conheço-te de te ver lá na terra, desde sempre. Em pequenos momentos os nossos caminhos cruzaram-se. Não temos relação. Apenas  somos amigos de amigos. Conhecidos de conhecidos. Mas metodicamente, de tempos a tempos, lá te revejo ao longe. Nunca te falo. Uma vez e outra. E sem razão aparente, vem-me à memória que te vi. Pareces um ator secundário de um filme qualquer em que eu vivo. Complementas o fundo da minha tela. És mais uma árvore que cabe na minha floresta. Uma igual às outras, mas diferente porque sei que já passei por ti. Podias ser uma outra pessoa qualquer que ali estivesse, sem rosto para mim, de guitarra na mão, a cantar, no café ou no palco. Vivemos em mundos aleatórios. E és apenas mais uma árvore. Mas sempre que passo, que cruzo, sei que já passei por ti. Trocamos olhares e expressamos admiração e assombro em sermos o estranho na tela um do outro. Somos retas concorrentes. Retas de um plano que têm um único ponto comum. Com direções  diferentes. Sem paralelismo.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

sexta-feira, 27 de maio de 2016

I felt the strangest emotion but it wasn't hate, for once

Quando tu achas estúpido chorar por alguém toda a noite, quer dizer que estamos curados ou insensíveis?

https://www.youtube.com/watch?v=QhlPXa6g4C8

quarta-feira, 25 de maio de 2016

brain



«I am the right brain. I am creativity. A free spirit. I am passion. Yearning. Sensuality. I am the sound of roaring laughter. I am taste. The feeling of sand beneath bare feet. I am movement. Vivid colors. I am the urge to paint on an empty canvas. I am boundless imagination. Art. Poetry. I sense. I feel. I am everything I wanted to be.»


segunda-feira, 16 de maio de 2016

preciso de dormir uma semana

Foi um enterro. Ainda me dói a cabeça e sinto um enjoo quando penso. Foi bom! Estiquei-me outra vez! Fiz rir as paredes e provavelmente elas riram-se de mim. Estreitei laços. Toquei-lhe nas costas e encostei a cabeça: #shame.
Ouvi dizerem-me que sou engraçada! Foram 200 mil horas! Preciso de perder peso e dormir anos seguidos!



sexta-feira, 6 de maio de 2016

I am pleased to say that i am happy - with or without you


You know going out with your BFF is always the best, and a little extra prep will go a long way.How To Be Single

And if you want a great night out, there are some rules too…How To Be Single

More drinks rules you should follow…How To Be Single

Even some other unusual ‘when to touch myself’ drinks rules…How To Be Single

If you use emoji in the text to the guy you met last night, that’s a no no…

And at the end… get over yourself if he didn’t reply.How To Be Single

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Maybe in our wildest moments we could be the greatest

Passaram meses. Passaram-se anos, em tempos. E sempre que te vejo apetece-me sorrir e sorrir-te. Mesmo que a vida dê mil voltas e amanhã me apeteça negar-te, enches-me o coração. Rever-te após a tempestade é sempre irritantemente bom! És um dia de sol, quente e com a melhor banda sonora do mundo. Do meu mundo. Quero ficar sempre nesses dias de sol. Não! Esporadicamente! Sem dias seguidos. Com silêncios dos dias que passam entre nós. Para depois haver sorrisos nas nossas caras. Assim, fácil e para sempre nas intermitências do destino.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Rock Star

Foi uma semana de rock. Supostamente estava previsto ser uma conferência causadora de dores de cabeça, uma atrás de outra. Aborrecida e maçadora. Mas não, mas não. Foi uma conferência causadora de momentos muitíssimo aleatórios, improváveis e escuros (black edition). Além da inevitável trabalheira que tivemos, correu tudo bem. Sem percalços. Sem discussões ou sem embaraços. Diverti-me muito. Conheci pessoas incríveis que não o teriam de ser. Pessoas menos incríveis que o teriam de ser. E pessoas. Fui arrastada para um dark flirt. Foi... giro... e.. intenso, com muita tequilla e abafadinhos. Foi toda uma semana com uma atitude de Rock Star. Gostei, foi único, mas não repetia. Demasiado egocêntrico e excêntrico. 
Depois veio um fim de semana de amigos e folclore que me encheu o coração. A parte mais triste foi ter faltado à Street Mob... bahh.. não se pode ser tudo. 
Estou cansada mas preenchida. Não há nada que me deixe tão completa do que ter memórias longínquas do conforto do sofá!


terça-feira, 19 de abril de 2016

“To be fond of dancing was a certain step towards falling in love”

Não tenho estado parada. Tenho feito muito. Vivido e experienciado muito. Há um turbilhões de emoções e histórias. Estou certa que muitas vezes respondo: "está tudo bem.. igual e tranquilo" parece-me que é sem pensar. Está tudo bem, de facto, "igual" e "tranquilo" é que pode ser menos preciso. Todos os dias são diferentes e cheios de agitação. Este sábado dancei no palco do Theatro Circo. Pode não ser nada de especial, é um palco grande e onde vi há uns meses o Benjamin Clementine cantar descalço e de alma exposta. Certamente um Zé Ninguém como eu já lá actuou o que relativiza todo o misticismo do palco.  Mas marcou-me e deu-me uma felicidade nova.

(E passado quase duas semanas.. é hoje o dia de voltar aqui!
Vou-te contar P.. estou aqui hoje por ti a escrever, que sei que me acompanhas!)

Estou exausta com a conferência da próxima semana. Dói-me o cérebro, sinto-o a latejar. Tanta niquice que é preciso tratar... Jizzz!

Também sinto um turbilhão de coisas! Nervoso miudinho pelos peçonhentos que vêm lá de Lisboa. A Street Mob na fila da frente. Fame do Bowie! O barulho que o livro deste último fim-de-semana causou em mim. Li Jane Austen com toda a minha vontade. Elizabeth Bennet soou e ressoou em mim. Ando ainda a digerir o livro. Meia volta e penso no livro e na vontade que tenho de rever o filme. E o sobressalto que causou no coração. 

Talvez por isso esta música não pare de tocar na minha cabeça desde domingo. 

“I cannot fix on the hour, or the spot, or the look or the words, which laid the foundation. It is too long ago. I was in the middle before I knew that I had begun.” ― Jane Austen, Pride and Prejudice

segunda-feira, 14 de março de 2016

Detesto coisas que não entendo!

É segunda-feira outra vez. Guess what? I’m tired. Again!
Foi um fim-de-semana positivo… mas de alguma forma (inconscientemente) introspectivo. 

Isto porque o cerco da sociedade a dois faz-me muita pressão e opressão.  
Faz-me sentir sozinha e (um bocadinho de nada) marginalizada. Faço parte da minoria onde quer que esteja (no meio envolvente). 

Apesar de muitas vezes parecer que estou sozinha porque há uma conspiração cósmica contra mim, não é de todo verdade. Se for racional, vejo que sou eu que opto por estar sozinha. Por ser assim. Eu.
Sou eu que defino as minhas prioridades e o meu bem-estar acima de quase tudo. E o meu bem-estar passa por fazer o bem aqueles que eu gosto. O meu bem-estar passa por estar com a família, com amigos, ou no abraçar projectos que a maioria não entende. 
Mesmo que a sociedade me persiga. Mesmo que alguns dedos me sejam apontados, alguns risos de troça me sejam dirigidos e que algumas lágrimas caiam por mim… eu sei que não sei ser de outra maneira. 

Não sei estar pela metade. Não sei ser metade. Sou inteira e vejo que isso me prejudica. Digo demais. Preocupo-me demais e ignoro demais... mas não posso ser menos comigo mesma só porque a sociedade não está moldada para mim. Mesmo que me limite.  

Só não entendo porque às vezes me sinto mal por ser assim. Ou porque o olhar e a opinião de alguns me consuma e me obrigue a escrever ou justificar-me interiormente.

E tu? Porque é que tu me afectas mais que toda a gente eu não entendo. E porque me exponho para que gostes de mim? Há uma necessidade em mim para que me aceites. Deixas-me com um humor de cão. 

quarta-feira, 9 de março de 2016

I hope they have pepperoni pizza

"Quem te avisa teu amigo é!"
Alguns nem meus amigos eram e avisaram-me. Deveria ter desconfiado que, nem que fosse difícil de ver, a verdade estava lá. E o tempo foi passando e a verdade apanhou-me e deu-me um pontapé na cabeça e outro no cu. E dói-me! Dói-me muito.

Depois do desejo profundo de ser alcoólica, vem o desejo profundo de ter sido balconista, costureira, ou até quem sabe empregada a dias na casa de um Moedas qualquer. De ter marido e filhos e contas para pagar.

Não há luz ao fundo do túnel. 'We're all doomed'

Sinto-me sentada no recreio sozinha... a brincadeira acabou! E agora o que faço sozinha?


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Do not go gentle into that good night


Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.

Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.

Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.

And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.

by Dylan Thomas

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

the greatest

É segunda-feira. Sinto-me cansada. Foi um fim-de-semana cheio. Organizamos um espectáculo bonito. Fizemos jus à nossa cultura, ao nosso património intelectual.
Passei tempo com os meus irmãos. É o amor que mais me enriquece a alma.
Foi um fim-de-semana perfeito senão (não há bela sem ele): 1º fui multada... culpa da minha distracção e na minha incapacidade de tomar conta de um carro, não o levei à inspecção em tempo útil; 2º Tenho o amor próprio ferido, acho que a minha personalidade irrita o moço.
É segunda-feira. Não se faz!



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Don't chase people.

Vim aqui várias vezes e nada me fluiu. Nada de concreto, que consiga expressar. Há uma certa ansiedade/ negação. Há decepção. Uma lágrima fácil. Uma irritação mais acentuada. Sinto-me um desenho-animado que anda ás voltas e ás voltas no mesmo sítio: eventualmente o chão cede ou eu canso-me.

Tenho precisado de sonhar acordada para me sentir confortável nos dias que passam por mim. Sinto o cheiro de alguma instabilidade que não tinha. 
Depois de respirar, a ansiedade dá um passo atrás... e ponho na minha mente a parte boa. As amizades que ficam, que são minhas e me fazem tão bem. Pessoas que vamos descobrindo que se vão descobrindo connosco e eu com elas. Como banda sonora dos nossos dias. Ficam, fazem-nos rir, aconchegam e aquecem-nos o coração.

E nos pratos da balança que vão oscilando, os dias vão passando. Uns dias quentes. De risos altos e óculos de sol. Dias frios. De filmes e pipocas. 
Eu sou Balança com ascendente em Balança. E mesmo acreditando uns mera 0.0001% nisto, na chamada astrologia, acho que os pratos das minha balança tem um limite de detecção perto dos 5-20 MHz... tudo me faz vibrar. É uma chatisse e uma canseira. 

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Brooklyn... broke me nothing

Acabei de ver Brooklyn. Acabei com as minhas unhas. Tudo roído. Queria que ela tivesse ficado com o Irlandês. Creio que não entendo nada do Amor e roí as unhas por isso. Não mexeu miseravelmente comigo. Não fez mossa. Mas é bonito. Ela é bonita. Ela carrega uma força incrível nos olhos de menina.
Mas... Brooklyn... broke me nothing!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

"Dlim, dlão, cabeça de cão, orelhas de burro no teu coração."

Quando a nuvem cinzenta da insatisfação paira sobre a minha cabeça, deixa-me os olhos semicerrados. Imprime em mim um botox temporário, também designado por tromba. E cala-me o humor.

Depois existem as pedras no sapato da vida. E as esperanças do mundo do cinema. Que também são pedras nos sapatos nos dias mais crus. 

E o pior de tudo são as mentiras que dizemos. Está tudo bem! Ás vezes é uma mentira tão grande que sinto os narizes a baterem uns nos outros de tanto que crescem. 
Talvez o calor venha aquecer-me o coração e as vontades. Hoje. Hoje ficava num baloiço a fumar um cigarro e a ouvir música melancólica.  


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

common people

Ás vezes acho que isto só a mim. Não há monotonia na minha vida, é certo! Não há normalidade. Não há um padrão. É como se o universo tivesse a necessidade de fazer de mim a  experiência piloto, do mundo que me envolve.

Chega a ser engraçado como a situação é sempre fora do comum. Está escrito nas estrelas: Tu não serás ordinária! (certamente!)

"younger men vs uneducated man" . 

Não, não aconteceu nada de mais. Uma troca de olhares com um, uns beijinhos da Disney com o outro.
Não não há compromisso. Não vai haver. Foi um acaso. Mas...
Mas o engraçado é que podia cruzar-me com o cliché. Um rapaz da minha idade. Engenheiro/Professor. Engomado. Usar ténis. Gostar de cinema. Livros. De música indie. #sóquenão
Não. Estão todos ocupados ou não existem.

Pré-conceito?!?
Sim, existe preconceito da minha parte.
Sim claro!  Não posso negar que 6 anos de diferença não me incomodam. Incomodam! E não posso negar que pronunciar mal 3 palavras numa frase de 6 me dê comichão.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Lucky man

Preocupa-me que os dias passem rápido de mais. Que a noites me fujam. Que a o sol de Março me cegue. Que a luz verde deixe de iluminar o sono.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

'Cause we're lovers, and that is a fact'

Não há forma de dar volta a isto. Acho que já falamos de tudo. Ou de quase tudo. Acho que já nos abordamos com desculpas esfarrapadas. Com desculpas válidas. Porque tínhamos vontade. Porque não queríamos admitir que tínhamos vontade.
É na clandestinidade de sermos amigos à nossa própria maneira. Somos cúmplices sem cumplicidade. Somos íntimos sem intimidade. Somos amigos sem amizade.
Já te tentei reconquistar. Não deixaste. Fugi. Vieste atrás.
Só queres conversar. Confessar os teus medos. Partilhar os teus gostos. Ajudar-me nas dúvidas. Afirmares as minhas certezas. Já não te quero sem ser assim. Com tudo e sem nada.
Não me causas estranheza. Nem tristezas. Nem felicidade.
Não existes. Não és palpável. Mas estás presente. Quase todos os dias.
Não há forma de dar volta a isto.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

So, I'm back

I'm back!
Passou-se o ano. Viraram-se páginas. A passagem do ano é um marco. Faz-nos querer renovar.
Eu cá gosto de pensar que a minha passagem de ano verdadeira é no meu aniversário. Esta é menos importante e trás sempre com ela alguma pressão. Mas também é uma lufada de ar fresco. Faço a minha viagem do Caminho de Voltar.
Foi nesse caminho. Vi-te. Vi-te melhor que nunca. Brincamos com as personalidades de cada um. Eu puxo e tu ainda puxas mais a corda. Tentamos sempre encontrar os nossos pontos fortes e os nossos pontos fracos em discussões aleatórias. Tu tentas mostrar sempre o lado duro da vida. Eu prefiro sempre pinta-lo de rosa.
Reencontrar-te em cada ano é reconfortante.
Levaste a namorada e uns amigos. Eu levei o R. Não fizeram diferença. Não senti medos de a viagem não correr bem. Corre bem sempre entre nós, mesmo que os outros sejam pouco dinâmicos ou divertidos. Sabemos-nos melhor. As energias do universo conspiram sempre a nosso favor 4 dias por ano, dizes tu.
Trouxe perspectiva. Alguns desejos escondidos. Alguma vontade de mudar. Trouxe vontades!
Trouxe o coração mais são e a mente mais aberta.
PS: Roma é perfeita para ser cúmplice.